‘O Brasil está em péssimo estado por causa do populismo de esquerda e direita’, diz Felipe d’Avila
Em entrevista ao Pânico, pré-candidato à Presidência pelo partido Novo afirmou acreditar que população quer mudanças nas eleições de 2022: ‘A situação está horrível’
Nesta quarta-feira, 15, o programa Pânico recebeu o cientista político Luiz Felipe d’Avila. Em entrevista, ele afirmou que o Brasil vive uma crise de alternativas na política. “O Brasil está nesse estado péssimo por causa do populismo de esquerda e direita. Só o gestor não funciona, o populismo fala com as pessoas. A política precisa ter ligação com as pessoas. o ruim do populismo é que ele destrói as instituições para ter o poder para ele e distribuir para os amigos. Por exemplo, o Bolsonaro tentando deslegitimar as eleições”, disse. Pré-candidato à Presidência pelo Novo, D’Avila está esperançoso pelos resultados, mesmo com o desafio da baixa porcentagem nas pesquisas eleitorais. “Eu não acho que está ganho, tem muito jogo pela frente. O Macron, na França, começou com 0 e em um ano virou o jogo.”
Felipe d’Avila ainda ressaltou o contato com o eleitorado como uma ferramenta importante para entender as demandas da população. “O que mudou é quem se conecta com as pessoas. Ouvir, participar e entender os anseios e valores das pessoas é importante na política. Os grandes partidos não fazem isso. O cara quer emprego, quer empreender, quer renda e só se ferrou nos últimos anos no país”, disse. “Acho que as pessoas não estão abertas a cair na mentira. Como acreditar num candidato e governo que só piorou? A situação está horrível, você vai acreditar em mais uma mentira? A primeira coisa importante é parar de pensar nos candidatos, e passar a discutir propostas”, completou.
Como plano de governo, D’Avila pretende focar no combate à fome no país. “A agricultura brasileira alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo. Como é que tem gente passando fome em casa? É o problema da incompetência de um governo, não é porquê a agricultura é incompetente. Teria que se organizar como a comida chega no prato. Aqui em São Paulo temos o Bom Prato, por quê não multiplica? Se tem uma coisa que funciona, vamos replicar.” Além disso, o político do Novo também aposta no combate à corrupção em sua pré-candidatura. “Tudo que você tem de desigualdade social é fruto do empobrecimento do país, e isso é fruto da corrupção. Por isso combater a corrupção é fundamental, senão a gente jamais vai ter um país que vai servir a população. O estado se serve da população quando deveria servir as pessoas.”
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