‘Perdi 32 mil seguidores por ser pró-Bolsonaro’, diz Fuinha, humorista que viralizou em atos do 7 de setembro
Em entrevista ao Pânico, Robson Calabianqui afirmou que busca trazer conscientização política em seus conteúdos: ‘Abro o olho da geração sobre o que o conservadorismo tem mostrado’
Nesta terça-feira, 28, o programa Pânico recebeu o humorista Robson Calabianqui, conhecido na internet como Fuinha. Em entrevista, ele, que viralizou nas redes sociais após participar das manifestações do dia 7 de setembro, comentou sobre as críticas que recebeu em relação à declaração de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. “Fui perdendo, tinha seguidores de direita e esquerda. A maior queda foi agora no dia 7 de setembro, eu não me posicionava fervoroso apoiando o governo federal, mas postei uma foto no ato e viralizou nas redes sociais. Essas páginas, essas pessoas que tem milhões de seguidores repercutiram. Perdi 32 mil seguidores no dia, no Instagram. Caí de 1 milhão e pouco para 990 mil, no mesmo dia. Viralizei nas páginas de direita, perdi seguidores porque era pró-Bolsonaro, mas ganhei dos apoiadores. A melhor coisa que fiz na minha vida foi ter me posicionado, agora tenho um público que acompanha e que interage.”
Fuinha afirmou também que busca, em seus conteúdos, mostrar a política conservadora e suas opiniões sobre o impacto dos governos petistas de uma forma bem humorada. “A galera critica, mas não estudam o que aconteceu no país antes, na época do PT. Temos uma geração que vai na mente de Felipe Neto, Anitta, milita em cima disso na internet, mas não tem embasamento de política. Eu abro o olho dessa geração sobre o que o governo conservador tem mostrado. O que vai de acordo comigo é a ideologia bolsonarista. O Bolsonaro no cenário atual é o melhor, mas não é o salvador da pátria. Daqui dez anos, por exemplo, o Nicolas Ferreira, se ele se candidatar, vai mudar a história do país. O público que apoia o Bolsonaro é o público que sofreu nas mãos do PT. O público que não tem ciência do que aconteceu apoia um governo esquerdista, como Felipe Neto e Anitta, e um público forte de crianças tem se alimentado disso. Essa geração vem crescendo com esse posicionamento errado. Felipe Neto se coloca numa posição que ele não erra, é muita hipocrisia.”
O humorista ainda explicou sua opinião sobre a alta da gasolina e dos preços no mercado. Para ele, se trata de uma crise generalizada que não afeta apenas o Brasil, mas também outras regiões do mundo. “Bolsonaro não assumiu num momento oportuno para ele. A gente sabe as dificuldades que estão sendo manter o preço da gasolina, que não está subindo só no Brasil, mas nos Estados Unidos também. É no mundo inteiro, a crise é do mundo inteiro. O brasileiro coloca toda a culpa sempre no Bolsonaro. Desde o início o Bolsonaro tem falado que a pandemia mata, mas a fome também mata. Ele não obrigou ninguém a ficar em casa. Agora a conta chegou. Não foi o suficiente para manter a economia girando no país. O Doria leva o rojão para o colo do Bolsonaro, agora é o jogo político dele. Eu tento abrir o olho das pessoas pra isso. O próprio João Doria faz a merda e joga para o colo do Bolsonaro.“
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.