‘Povo se aproxima da direita porque ninguém aguenta essa esquerda’, diz dirigente do PCO sobre PSOL 

Em entrevista ao Pânico, Natália Pimenta criticou Geraldo Alckmin, mas não descartou o apoio de seu partido para uma chapa entre PT e o ex-governador: ‘Lula é um líder popular’

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2021 16h15
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Reprodução/Pânico Natália Pimenta fala no estúdio do programa Pânico Natália Pimenta, dirigente do Partido da Causa Operária, foi a convidada do programa Pânico desta terça-feira, 14

Nesta terça-feira, 14, o programa Pânico recebeu Natália Pimenta, dirigente do Partido da Causa Operária (PCO). Defensora da esquerda radical, ela se candidatou a vereadora nas últimas eleições municipais da capital paulista, mas é crítica a partidos como o PSOL. “Eu acho que é mal visto. Inclusive, muita gente se aproxima da direita porque essa esquerda PSOL ninguém aguenta. Atrapalha principalmente para mobilizar, eles fragmentam, mas a base é a classe média”, disse. “O Boulos tem o apoio de Pinheiros. Boulos para mim é um cosplay de Lula. Ele gostaria de ser o Lula, mas é difícil. Não tem base, não foi líder de greve nenhuma. Ele é uma esquerda que a burguesia apoia. Saiu como prefeito e eu não vi a imprensa atacando ele.”

Apoiadora da pré-candidatura de Lula à presidência nas eleições de 2022, Natália opinou sobre a possível chapa entre o petista e Geraldo Alckmin. Para ela, a união entre o ex-presidente e o tucano poderia ser relevada pelos traços de liderança de Lula. “A maior da base do PT não apoia essa chapa, pode ser que muita gente vá votar mesmo com essa chapa, mas o pessoal não gostou. É absurdo, o APEOESP, sindicato dos professores, dirigido pelo PT por muitos anos, teve um embate duríssimo com o Alckmin, o Alckmin reprimiu os professores, deu 0 de aumento. Mesmo com o Alckmin, a gente apoia o Lula porque ele é um líder popular, dos sindicatos, dos trabalhadores. A gente sabe que ele não é um revolucionário.”

A dirigente também se queixou do desconhecimento público do partido que representa. Segundo ela, desde meados dos anos 2000, o PCO sofre boicotes da mídia tradicional. “Eles manipulam, não querem mostrar a gente. Desde 1996 o espaço foi diminuindo progressivamente. Em 2002 a gente participou de várias entrevistas, em 2006 a candidatura foi impugnada. Provavelmente a gente teria mais votos que em 2002. Em uma das eleições tinham 6 candidatos, fizeram com 4 porque diziam não ter espaço. Não querem mostrar, pois vai que a população se interessa, gosta das ideias.”

Confira na íntegra a entrevista com Natália Pimenta:

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