Economista diz que China é mistura ‘bizarra’ entre socialismo e capitalismo: ‘Perigo’
Em entrevista ao Morning Show, Renata Barreto opinou sobre a agenda do governo Bolsonaro, a economia chinesa e a obrigatoriedade do passaporte da vacina
Nesta terça-feira, 14, o programa Morning Show, da Jovem Pan, recebeu a economista Renata Barreto. Conhecida por seu curso que debate as diferenças entre o comunismo e o capitalismo, ela opinou sobre a economia chinesa e a liberdade de expressão no país. “Se você for olhar, empresas grandes como Apple, Coca-Cola e Nike fizeram acordos escondidos para fazer investimentos bilionários na China. Acabaram cedendo às pressões do Partido Comunista Chinês de censurar informações. Houve uma postura horrorosa da China no começo da pandemia, médicos sumiram, essas coisas mostram que o controle social do Partido Comunista Chinês é um perigo muito grande”, disse. “É um produto bizarro de mistura do capitalismo e do socialismo. O próprio Partido Comunista percebeu que os moldes socialistas não funcionam, porém o controle social e civil… Acontecem coisas na China que são absurdas, sem contar a perseguição étnica e os campos de concentração.”
A economista também criticou o governo federal. Segundo ela, o presidente Jair Bolsonaro perdeu a oportunidade de seguir com as reformas tributária e administrativa no início do mandato. “Liberais não são contra o assistencialismo, em momento de pandemia é importante. Entretanto, a maneira como está sendo feito o Auxílio Brasil é eleitoreira. Por isso, é importante defender ideias e não pessoas. A questão do orçamento secreto é importante de ser falada também. Deveriam ter feito coisas logo no começo, quando havia popularidade. Poderia ter se aproveitado para fazer uma política mais assertiva para aprovar reforma administrativa, tributária. Ele perdeu oportunidade no começo do governo.”
Barreto ainda opinou sobre a obrigatoriedade do passaporte da vacina. “Não sou a favor, não sou médica, mas vejo todos os lados. Eu analiso as duas proposições. Os médicos que falam sobre a vacina dizem que ela não impede as pessoas de serem infectadas, mas ajuda que as pessoas não tenham sintomas graves, o que é ótimo. A vacina foi importante nesse sentido, sim. Mas parece que usam como pretexto, a caneta na mão deixa as pessoas malucas. Tem projetos de lei que querem que as pessoas não possam nem ir para hospitais se não tiverem o comprovante da vacina.”
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