Pré-candidata que denunciou professor em Criciúma diz que armas são sinônimo de liberdade: ‘Esquerda ataca e demoniza’

Concorrente a vaga no Congresso por Santa Catarina, Júlia Zanatta falou sobre armas, feminismo e educação em entrevista ao ‘Pânico’

  • Por Jovem Pan
  • 04/07/2022 16h34
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Reprodução/Jovem Pan News Julia Zanatta Júlia Zanatta foi a convidada desta segunda-feira, 04. do programa Pânico

Nesta segunda-feira, 4, o programa Pânico recebeu a advogada Júlia Zanatta. Pré-candidata a deputada federal em Santa Catarina, ela tem como uma de suas principais pautas a defesa do armamento civil. “Arma tem tudo a ver com liberdade. Por que a esquerda ataca tanto um objeto? Cidadão armado pode defender tudo aquilo que eles sempre brigam e falam mal: a família, a propriedade privada, nossa liberdade e a soberania do país. Por isso demonizam tanto. É importante a gente falar: só com a eleição do presidente Bolsonaro, por exemplo, que as pessoas passaram a falar mais de armas e não ter vergonha de falar que praticam o esporte do tiro”, disse. A catarinense defendeu, também, a priorização da saúde pública e citou o Movimento Pró-armas, que acontece em Brasília neste sábado, 9. “Para a pessoa ir bem no colégio, primeiro ela tem que estar viva. No Brasil que a gente vive hoje, acho, sim, importante falar de segurança pública e da legítima defesa do cidadão de bem”, acrescentou.

Júlia Zanatta ficou conhecida nacionalmente após denunciar um professor de Artes de Criciúma que exibiu o clipe da música “Etérea”, do rapper Criolo, durante aula para alunos de 12 anos. Na canção, o artista discute a homofobia e exibe danças de um coletivo LGBTQIA+ paulista. “Um conteúdo estranho. Fiz a denúncia nas minhas rede sociais, mandei para o vice-prefeito e para o secretário da Educação, no outro dia o professor foi exonerado. Aquele vídeo do Criolo não era parte da grade curricular nem adequado para crianças de 12 anos, era um vídeo com pessoas de sunga. Não era adequado para a aula. O prefeito exonerou o professor apesar de eu ter concorrido contra ele. Tomou a decisão correta”, contou a deputada, que disputou a prefeitura de Criciúma nas eleições de 2020. “Fui chamada de homofóbica por denunciar um conteúdo. Quem fez a denúncia para mim foi um pai. Acontece esse cancelamento porque a gente tem posição. Uma mulher que não é feminista, que não é submissa ao feminismo, não se enquadra ao padrão que elas querem e fala que apoia o Bolsonaro, geralmente rola um cancelamento por parte dos politicamente corretos”, seguiu.

A pré-candidata também revelou se sente ou não dificuldades para lidar com a carreira política. Segundo ela, nunca foi vítima de preconceito por parte de homens, mas sim de mulheres feministas. “A política de fato é um meio masculino, não machista. Eu nunca sofri, se sofri não percebi. Se cada paulada que tomar, a gente parar no meio do caminho, não chego em lugar nenhum. Não ligo, vou tocando a minha vida. Fui candidata a prefeita em Criciúma e quem metia um pau em mim era uma mulher feminista”, afirmou. “Para fazer parte e ser aceita pelo movimento feminista você tem que ser submissa à agenda delas. Muitas feministas, inclusive, debocham de donas de casa que escolheram cuidar dos filhos e do marido. É isso que penso do feminismo, senti na pele isso”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com Júlia Zanatta:

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