‘Se a população não acordar, amanhã vai ser tarde’, diz Eduardo Bolsonaro sobre 2º turno

Em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan, deputado falou sobre rumos da campanha eleitoral, criticou falas de Lula e disse que atual presidente é ‘fenômeno da política’

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2022 14h27 - Atualizado em 10/10/2022 14h49
Reprodução / Jovem Pan News Eduardo Bolsonaro Eduardo Bolsonaro concedeu entrevista ao programa Pânico

Faltando 20 dias do segundo turno das eleições 2022, a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se dividir em dois focos: recuperar eleitorados perdidos em Estados-chaves, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e mirar o eleitorado nordestino. A afirmação foi feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do atual mandatário. Em entrevista nesta segunda-feira, 10, no programa Pânico, da Jovem Pan, o parlamentar defendeu que o principal objetivo da campanha eleitoral é “alertar a população” sobre o que está em jogo no segundo turno e mostrar que “Bolsonaro tem feito o que Lula promete”. “A gente tem descontruir mentiras. Quando ele [Lula] fala que vai voltar a comer picanha com cervejinha, é mentira”, iniciou o parlamentar, que questionou os futuros da imprensa e da população em um novo mandato petista.

“Se a população brasileira não acordar para isso, amanhã vai ser tarde. Amanhã a gente não vai ter condição de olhar no olho do nosso filho e falar ‘seu pai e sua mãe, quando teve oportunidade, lutou e batalhou’. (…) Se a esquerda retornar, eles não vão mais sair do poder”, afirmou. Em suas falas, Eduardo cita países como Venezuela, Argentina e Nicarágua ao falar sobre as diferenças ideológicas entre o pai e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a disputa à Presidência e alerta: “A Argentina é o Brasil amanhã, caso o Lula seja eleito”. “Aí que tá a revolta do presidente. É inacreditável como as pessoas não conseguem enxergar. Lula não é candidato novo, que está enganando a população. O legado dele não é novo”, acrescentou.

Eleito para mais um mandato na Câmara dos Deputados, sendo o terceiro deputado federal mais votado em São Paulo, Eduardo Bolsonaro defende que o presidente deve adotar uma postura mais “outsider” e voltar a ser o Bolsonaro “contra o sistema”. Segundo ele, a reta final da campanha à Presidência deve trazer um discurso forte, mas sem elevar o tom de voz . “Ele é um fenômeno na política brasileira. Foi desdenhado, deixado de lado. Os opositores nunca pensaram que ele pudesse chegar à Presidência, e ele chegou. (…) Quatro anos foi pouco. Precisamos no mínimo oito anos para começar nessa guerra [contra esquerda]”, afirmou.  Questionado sobre a participação do presidente nos próximos debates eleitorais, Eduardo disse considerar cinco embates “muita coisa”, mas defendeu a participação dos políticos. “O público considera. É só ver pela audiência. As pessoas param para assistir ao debate. E o Padre Kelmon deu um upgrade no debate. Algumas pessoas levam em consideração na hora de votar”, finalizou.

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