‘Sofremos deboche, jogavam ovo na gente’, desabafa deputada sobre apoio a Bolsonaro

Em entrevista ao Pânico, Alê Silva falou sobre seu início na política, apoio ao presidente e eleições de 2022: ‘Político celebridade está perdendo espaço, o povo quer se identificar’

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2021 16h17
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Reprodução/Pânico Ale Silva fala no microfone do programa Panico Alê Silva, deputada federal de Minas Gerais, eleita pelo PSL, foi a convidada do programa Pânico desta quinta-feira, 7

Nesta quinta-feira, 7, o programa Pânico recebeu a deputada federal Alê Silva (PSL-MG). Em entrevista, ela falou sobre o início de sua carreira política, ainda em 2017, quando distribuía adesivos em apoio a Jair Bolsonaro em cidades do leste de Minas Gerais. “No Vale do Aço, eu ia para a esquina sozinha com uma plaquinha dizendo ‘Impeachment da Dilma, buzine’. Sofremos deboche, era uma região interiorana onde as pessoas não tinham visão política. Jogavam ovo na gente, xingavam. Em 2017, quando tínhamos Bolsonaro pré-candidato, promovemos adesivaços em Minas Gerais, adesivos com o rosto do Bolsonaro, ‘Vale do Aço é Bolsonaro’, ‘São Domingos do Prata é Bolsonaro’. Eu era ativista mesmo, mas o povo não parava, era injusto. Nosso movimento cresceu, na nossa região Bolsonaro teve 70% dos votos válidos. 99% dos meus votos válidos eu devo a ele. Se eu tivesse nascido do nada, sem o Bolsonaro, não conseguiria ter chegado lá.”

Alê disse também que, anteriormente, tinha aversão à política, mas mudou de ideia no período das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, mesma época em que conheceu Jair Bolsonaro. “Inicialmente, eu era aquela pessoa apartidária, apolítica, só falava de política para falar mal. Em 2014 comecei a mudar meu posicionamento, percebi que se justos permanecessem quietos, as coisas só iriam piorar. Nessas idas e vindas para Brasília, resolvi conhecer a Câmara, onde conheci o Bolsonaro, cara bacana, fala direto, de emoção. Comecei a acompanhá-lo, me identificava com o que ele dizia. Os semelhantes se atraem. Esse cara fala muito do que eu penso, briga pelo que eu quero, há esperança. Naquela época já dizíamos que ele seria nosso futuro presidente.”

A deputada ainda opinou sobre o que esperar das eleições de 2022. Para ela, o governo federal ganhou novos apoiadores com o avanço da cobertura de internet pelos interiores do Brasil, o que, segundo ela, deve trazer resultados otimistas para a base bolsonarista. “O cenário está mudando, aquele político celebridade está perdendo espaço, eu já tenho sentido, ando bastante, visito municípios, vou para o meio da rua. O povo quer se identificar no político dele, quanto melhor ele se identifica mais ele põe confiança na pessoa, ele não quer o deputado que passa na rua e não olha pra ninguém. Ele quer o que chega, aperta a mão e se dispõe a ouvi-lo, ele quer ser ouvido. É por isso que o presidente mantém sua popularidade em alta. O que diferencia é se o político está fazendo isso com sinceridade, ou mudando o personagem.(…) Nosso lado está aumentando, hoje eu encontro pessoas que se interessam pela política, pessoas simples do campo. O pessoal do interior de Minas Gerais está acompanhando, estão buscando cada vez mais informações. É importante, pessoas com o feeling ativista vão chegar cada vez mais para o nosso lado.”

Confira na íntegra a entrevista com Alê Silva:

 

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