Thaméa Danelon diz que Lava Jato combateu impunidade entre mais ricos: ‘Antes, só pobre ia preso’
‘Para ser um país sério, as leis têm que ser sérias’, afirmou procuradora em entrevista ao Pânico
Nesta sexta-feira, 8, o programa Pânico recebeu a procuradora Thaméa Danelon. Em entrevista, ela refletiu sobre o sistema penitenciário brasileiro e trouxe a Lava Jato como exemplo de combate à impunidade entre o poder político e econômico. “O que a gente testemunhava antes da Lava Jato e do Mensalão: os presos eram pessoas mais pobres. Com a Lava Jato, mostramos que é possível encarcerar poderosos, com poder político ou econômico, mas precisa manter na prisão”, disse. A procuradora fez críticas às anulações de processo na operação e defendeu um endurecimento das leis no país. “Quem nega a Lava Jato e diz que não existe, não está falando a verdade. A população tem que saber a situação que a gente vive. Para ser um país sério, as leis têm que ser sérias.”
Para Danelon, o fim da Lava Jato não se deu pelo presidente Jair Bolsonaro. Ela defende que a operação começou a ser desintegrada pelo Poder Legislativo e pelo STF. “O que acabou com a Lava Jato foi uma união de esforços. Começou no Legislativo, quando começou a aprovar legislações contra o combate a corrupção. Segundo o STF, quando começou a soltar as pessoas que foram presas e anular os processos”, afirmou. “O ápice do golpe à Lava Jato foi a anulação de quatro processos do ex-presidente Lula”, enfatizou.
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