A “petistite” não é uma doença tão nova

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2015 10h48
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A refinaria Abreu e Lima é o sintoma mais agudo de uma infecção: a “petistite”. Antes dela, claro!, o país passou por outros perrengues, mas, como já resta evidente com o pouco que se sabe até aqui, nunca houve nada tão grave — e dificilmente haverá. A doença é perversa pelo estrago que provoca no organismo Brasil, mas não só por isso. O agente patogênico, o Petralha, pertence à cepa dos micro-organismos que enganam o sistema imunológico da sociedade: é a estirpe VS — Vigarice Socialista. A VS, de que o Petralha é uma derivação mais agressiva, se insinua no organismo saudável com o discurso da igualdade, da reparação social, da generosidade e da distribuição de renda. Aos poucos, vai debilitando o organismo saudável, que vai tendo o tecido necrosado por suas toxinas. Já hoje, há males provocados pela petistite que são permanentes. Sim, meus caros: há tecidos que estão necrosados, que já não tem mais recuperação. Nota à margem: o vírus “Petralha” é formado por duas proteínas — o petismo e o quadrilhismo Metralha.

Neste fim de semana, ficamos sabendo de uma coisa estarrecedora. Estudos técnicos da Petrobras, revelados por reportagem da Folha, informam que a refinaria Abreu e Lima não tem mais cura. Seu prejuízo será de, no mínimo, US$ 3,2 bilhões. Orçada em 2005 em US$ 2,4 bilhões, já está em US$ 18,5 bilhões. Trazendo a valores presentes, o que a refinaria poderá gerar de benefícios ao longo de sua vida útil, chega-se àquele prejuízo de US$ 3,2 bilhões.

Diante da evidência, o que fez a Petrobras neste domingo? Responsabilizou pelo descalabro Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Abastecimento que fez acordo de delação premiada. Sim, ele já admitiu superfaturamento em obras. Mas será que um homem, sozinho, é capaz de tal estrago? Segundo a nota da estatal, “testes realizados pela companhia até 2013 não indicaram a necessidade de reconhecimento de perdas de investimentos realizados na refinaria de Abreu e Lima”. Ocorre que a direção admite que os tais testes não tinham como objeto apenas a refinaria, mas o conjunto das obras da estatal.

Segundo informa a Folha, “estudos técnicos da empresa já apontavam as perdas quando membros de seu Conselho de Administração aprovaram a continuidade das obras da refinaria, em junho de 2012. Entre eles, estavam a atual presidente da estatal, Graça Foster, o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e os empresários Jorge Gerdau e Josué Gomes da Silva”.

Atenção! A Petrobras só criou uma comissão interna para avaliar o desastre de Abreu e Lima em abril de 2014, depois da Operação Lava Jato. Todas as vezes em que se tentava saber que diabo se passava na Petrobras, as toxinas produzidas pelo vírus Petralha acusavam uma conspiração contra a empresa. Não custa lembrar que, nas campanhas eleitorais de 2006 e 2010, o PT inventou uma suposta intenção do PSDB de privatizar a estatal. Ainda em 2014, a candidata Dilma Rousseff tangenciou esse discurso.

Eis aí. Abreu e Lima já é um mal permanente. Mas há outros estragos provocados pela petistite, como revela reportagem da VEJA, de que trato em outro comentário.

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