Pingo Final: Dilma talvez não faça pronunciamento de 1º de Maio

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2015 11h29
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EFE Dilma

Meu pingo final vai para o 1º de maio.  A presidente Dilma já terceirizou a economia. Está com Joaquim Levy. Está se esforçando para terceirizar a coordenação política: o vice, Michel Temer, tenta tomar pé da questão. Não por acaso, a revista “The Economist”, por exemplo, afirma que ela está no poder, mas não governa. Às vésperas do Primeiro de Maio, o Palácio estuda outra terceirização: o alvo do panelaço.

Explica-se: seus conselheiros, informa a Folha, avaliam que ela não deve fazer o tradicional pronunciamento em homenagem ao Dia do Trabalho — que nunca foi usado, diga-se, para tal fim; sempre serviu à politicagem. Como esquecer que, no ano passado, já na reta da eleição, ela foi à TV para anunciar um reajuste de 10% no Bolsa Família. Mas voltemos ao ponto.

O temor é que o pronunciamento provoque um novo panelaço. Aliás, convenham, não é preciso ser muito bidu para chegar a essa conclusão. É o que fatalmente vai acontecer. Aconselham a governanta a ficar longe da TV o marqueteiro João Santana, o ex-presidente Lula e o ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva. Dilma ainda não tomou a decisão. Teimosa como é, talvez queira falar. E, aí, haja panela velha para fazer a percussão da cidadania, né?

Uma das possibilidades em estudo é pedir que algum ministro fale em seu lugar. Huuummm… Talvez Manoel Dias, do Trabalho. Como não é um petista e como quase ninguém o conhece, talvez as pessoas escolham fazer outra coisa em vez de bater panelas.

É claro que a situação é um pouco humilhante para Dilma, mas é evidente que, por enquanto, para ela, o silêncio é o melhor discurso.

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