Ator de ‘Falas Negras’, Reinaldo Júnior ressalta importância da série: ‘Traz reflexão’

Produção dirigida por Lázaro Ramos será exibida na Globo no Dia da Consciência Negra e apresenta a história de 22 personalidades que lutaram pela causa de 1600 aos dias atuais

  • Por Jovem Pan
  • 19/11/2020 13h33 - Atualizado em 19/11/2020 13h34
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Divulgação/Globo Reinaldo Júnior como Baquaqua em 'Falas Negras'

Reinaldo Júnior é um dos atores que integra o elenco da série “Falas Negras”, especial preparado pela Globo para o Dia da Consciência Negra, que será exibido na próxima sexta-feira, 20. O artista da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, começou no teatro cedo, aos 13 anos, e não parou mais. O primeiro projeto independente foi produzindo aos 17 anos e, em cinco anos, ele já somava mais de 35 trabalhos do mesmo gênero. A série dirigida por Lázaro Ramos marca estreia do artista de 29 anos na televisão. “O coração está a mil. É importante falar que o teatro não consegue chegar em todos os lugares, a TV, sim. Eu venho da periferia do Rio de Janeiro, circulei pelo Brasil inteiro, fiz duas turnês na China, mas muitas das pessoas que estão na periferia não conseguem ter acesso a isso”, falou o artista ao Tô na Pan desta quinta-feira, 19.

A produção “Falas Negras” vai retratar 22 personalidades que lutaram pela causa negra de 1600 até os dias atuais e o elenco inclui nomes como Fabrício Boliveira, Aílton Graça, Babu Santana e Taís Araújo. Reinaldo Júnior dará vida a Mahommah G. Baquaqua, um ex-escravizado que nasceu na África Ocidental, atual região de Benin, em 1820, e veio parar no Brasil por meio de um navio negreiro. A vida dele mudou quando chegou aos Estados Unidos e conseguiu fugiu para o Norte do país, local em que a escravidão já tinha sido abolida. Baquaqua conseguiu publicar sua biografia, na qual descreve detalhes da sua vida como escravo no Brasil, e esse é um dos poucos registros do gênero feito na época. “Ele é um herói, assim como Zumbi dos Palmares. Ele escrevia sua própria história e foi importante naquela época para ajudar a libertar muitos escravos”, comentou o ator que elogiou a iniciativa da série. “O ‘Falas Negras’ é muito especial. O Lázaro foi muito cirúrgico na direção dele porque ele traz uma reflexão. Espero que depois da série abram mais portas [para atores negros] nas produtoras e emissoras. Representatividade importa e a cultura é o extrato da sociedade.”

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