Novo tratamento reduz em 40% risco de morte por câncer de colo do útero, revela estudo

Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, entre 2023 e 2025, o Brasil registrará 17.010 novos casos da doença, o terceiro mais frequente entre mulheres

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2024 07h08
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Reprodução/Redes cancer utero tratamento em questão envolve um breve ciclo de quimioterapia de indução, que precede a quimiorradioterapia, a qual é a prática padrão atualmente

Um novo estudo publicado na revista The Lancet revela um tratamento inovador para o câncer do colo do útero, que pode reduzir em 40% o risco de morte e em 35% as chances de recidiva da doença em um período de cinco anos. Este avanço é considerado o mais significativo nos últimos 25 anos no combate a essa enfermidade. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, entre 2023 e 2025, o Brasil registrará 17.010 novos casos de câncer de colo do útero, que ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes em mulheres, excluindo os tumores de pele não melanoma. Essa estatística ressalta a importância de novas abordagens terapêuticas. O tratamento em questão envolve um breve ciclo de quimioterapia de indução, que precede a quimiorradioterapia, a qual é a prática padrão atualmente.

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A pesquisa, conduzida pela University College London (UCL), foi realizada ao longo de uma década com 500 participantes de diversos países, incluindo o Brasil, e dividiu os pacientes em dois grupos: um que recebeu apenas quimiorradioterapia e outro que passou pela quimioterapia com carboplatina e paclitaxel por seis semanas antes do tratamento padrão. Os resultados mostraram que, após cinco anos, 80% das mulheres que receberam o novo tratamento estavam vivas, e 72% não apresentaram recidiva do câncer. Em contraste, no grupo de controle, 72% estavam vivas e 64% não tiveram retorno da doença. Os pesquisadores destacaram que essa é a primeira melhoria significativa na taxa de sobrevida global para pacientes com câncer do colo do útero em estágio avançado em mais de 20 anos.

Embora estudos anteriores tenham levantado preocupações sobre a possibilidade de a quimioterapia de indução atrasar o início da quimiorradioterapia, a nova pesquisa não encontrou diferenças nas taxas de recidiva ou mortalidade, mesmo com intervalos de até 14 dias para o início do tratamento definitivo. Os cientistas ressaltaram a necessidade de um cronograma rigoroso para evitar a repopulação celular antes da quimiorradioterapia.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Marcelo Seoane

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