Mauro Vieira diz que presidência brasileira no G20 tem ênfase nas políticas públicas e prioriza países em desenvolvimento
Chanceler disse que os Estados precisam estar capacitado para fazer frente a esses desafios e crises, bem como para tratar novos e emergentes temas
O ministro das Relações Exteriores e coordenador do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento do G20, Mauro Vieira, afirmou que a presidência brasileira no G20 tem colocado ênfase no papel das políticas públicas como principal motor para promoção do desenvolvimento inclusivo e sustentável. “Além de ampliarmos a nossa capacidade de cooperação interestatal, é preciso também repensar o papel do Estado, que deve estar capacitado para fazer frente a esses desafios e crises, bem como para tratar novos e emergentes temas”, disse. Mauro Vieira, disse que a presidência do Brasil no grupo está empenhada em aperfeiçoar a coordenação de fontes de financiamento internacional com as necessidades e prioridades dos países em desenvolvimento. Como exemplo, o chanceler citou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que, frisou, vai integrar um conjunto de políticas públicas domésticas que provaram ser bem-sucedidas em países em desenvolvimento.
“A Aliança buscará incorporar políticas de transferências de renda, programas de alimentação escolar, apoio à agricultura familiar, sistemas de cadastro único para pessoas e famílias de baixa renda e mecanismos de seguridade social”. Vieira disse ainda que é essencial superar a percepção do Estado como “mero prestador eficiente de serviços” e recuperar a sua função de “articulador das diversas forças e setores da sociedade”. Na abertura do evento State of the Futures, paralelo à reunião do encontro ministerial do Desenvolvimento do G20, realizado no Rio de Janeiro, o chanceler disse que os países enfrentam, atualmente, diversas crises que se agravam mutuamente. “Suas soluções requerem mais cooperação internacional”, afirmou.
Entre os desafios mais urgentes, citou a fome, a pobreza, a pobreza e a desigualdade; os conflitos armados, com consequências humanitárias; os retrocessos nos padrões de vida em muitas regiões do mundo; a inflação alta nos países ricos e seu impacto para as taxas de juros e para o investimento em economias em desenvolvimento; a crise da dívida pública nos países pobres; a alta volatilidade nos preços de alimentos e energia; e a crise climática. De acordo com o ministro, para o Brasil, é preciso trazer de volta ao centro da agenda internacional a temática do desenvolvimento. “Além de ampliarmos a nossa capacidade de cooperação interestatal, é preciso também repensar o papel do Estado, que deve estar capacitado para fazer frente a esses desafios e crises, bem como para tratar novos e emergentes temas”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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