Aceita que dói menos, Lula
Nem a Segunda Turma do STF conseguiu soltar Lula.
Nem o trio libertador Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, esses dois indicados pelo próprio Lula, ousaram acatar o recurso da defesa do presidiário, que esperneava contra a ordem de prisão emitida pelo TRF-4 antes do julgamento dos embargos dos embargos de declaração, dias depois rejeitado pelo mesmo tribunal de segunda instância.
Os três acompanharam o voto do relator Edson Fachin contra a soltura, o que resultou num placar de 4 a 0, com maioria já formada, restando apenas o voto do decano Celso de Mello.
Lula, portanto, não conseguiu escapar nem em julgamento eletrônico, longe dos olhos do povo brasileiro, como queriam os mesmos petistas que pregam a censura à TV Justiça, ou seja: o fim da transmissão de sessões do STF.
Com a sinalização da maioria dos ministros do Supremo de que a revisão da prisão após condenação em segunda instância não será pautada tão cedo, resta ao corrupto e lavador de dinheiro a esperança nos golpes do indulto natalino e do foro privilegiado para ex-presidentes.
Ambos estão sendo articulados por seus comparsas em conjunto com presidenciáveis e parlamentares aliados na sujeira que envergonha o Brasil.
Isto porque os demais processos em que Lula é acusado de ter recebido propina continuam avançando e podem render novas sentenças condenatórias em breve, como no caso do sítio de Atibaia, reformado pelas empreiteiras do petrolão OAS e Odebrecht.
A luz no fim do túnel está cada vez mais distante e apagada para Lula, que tratou de insistir em cartinha para Gleisi Hoffmann que ainda é o candidato do PT à Presidência da República.
Afetando tranquilidade, Lula mostra apenas o desespero de quem tenta evitar cair no esquecimento, depois que até mesmo o movimento de seus apoiadores no entorno da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba definhou.
Nunca antes na história deste país, a perspectiva de um ex-presidente mofar na cadeia foi tão realista.
Aceita que dói menos, Lula.
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