Lindbergh Farias reaparece e grava vídeo concordando com Gleisi

  • Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan
  • 18/01/2018 07h57 - Atualizado em 18/01/2018 10h12
Jefferson Rudy/Agência Senado Lindbergh Farias Lindbergh gravou um vídeo para a militância dizendo concordar com Gleisi Hoffmann, “que elevou o tom do discurso”.

Lindbergh Farias, o Lindinho das planilhas da Odebrecht, andava sumido. Ninguém estava dando falta.

Desde que apareceu ao lado de Lula em caravana pelo Rio de Janeiro dizendo que era preciso distribuir dinheiro aos pobres para reativar a economia do país, eu não ouvia falar do senador do PT e de seus discursos populistas.

Mas, nesta quarta-feira (17), ele reapareceu. Lindbergh gravou um vídeo para a militância dizendo concordar com Gleisi Hoffmann, “que elevou o tom do discurso”.

“A gente tem que ter uma outra esquerda, mais preparada para o enfrentamento, para as lutas de rua. Chega. Não é hora de uma esquerda frouxa, burocratizada, acomodada. Eu quero dizer isso [por]que eu concordo com a posição da senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, que elevou o tom do discurso, dizendo que nós não vamos aceitar a condenação do presidente Lula num processo como esse, sem prova alguma”, disse Lindbergh.

No início da semana, Gleisi, a Amante ou Coxa nas planilhas da Odebrecht, havia dito que “para prender Lula, terão que matar muita gente”.

Gleisi já havia até tentado amenizar sua incitação, na prática, à violência, alegando que utilizaria apenas uma força de expressão, mas Lindbergh, pegando o bastão do revezamento petista, voltou a estimular as lutas na rua e o desrespeito à Justiça, como se acatar as decisões dela fosse sinônimo de frouxidão, não de apreço à democracia.

“Mas esse pessoal quer o quê? Uma esquerda que baixe a cabeça, que aceite? Não, pessoal. O caminho agora, desculpe, é outro. Não é só pela via institucional. Recorrendo a esta Justiça que já mostrou que tem um lado”, disse Lindbergh.

A Justiça de Sérgio Moro, na primeira instância, mostrou em 238 páginas de sentença ignoradas pelos petistas, que tem o lado dos fatos, assim como se espera do TRF4 no julgamento da próxima quarta-feira em Porto Alegre.

“E é esse o recado que a gente tem que dar. Nós não vamos aceitar que eles consigam implementar a segunda etapa do golpe. A primeira foi afastar Dilma. Agora é impedir Lula de ser candidato. A gente tem que falar grosso”, falou Lindbergh.

Olha como ele fala grosso, gente! Ui, ui, ui!

O PT nunca aceitou o impeachment legal de Dilma Rousseff e, no entanto, essa não aceitação não deu em nada mais que uma interminável choradeira.

A condenação de Lula, que, se for confirmada, só vai antecipar o carnaval no Brasil, é a mesma coisa. Os petistas ameaçam barbaridades, mas não intimidam ninguém.

Forza, Lindinho.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.