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Novos tempos da educação abrem espaço para metodologias inovadoras de ensino

SP - VOLTA-ÀS-AULAS-ESCOLAS-ESTADUAIS - GERAL - Vista da escola E.E. Milton da Silva Rodrigues, na Freguesia do Ó em São Paulo (SP), nesta terça-feira (16). As aulas em escolas estaduais voltaram há uma semana no estado, e elas devem seguir as orientações sanitárias de distanciamento social, uso de máscara por professores, alunos e funcionários, e de álcool em gel. 16/02/2021 - Foto: DANILO M YOSHIOKA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚD

A sociedade passa por uma grande transformação, decorrente da globalização, da digitalização, da longevidade das pessoas, entre outros fatores. Na educação, principalmente em função dessas transformações, associadas às mudanças provocadas pela Covid-19, novas demandas e necessidades surgiram e os hábitos dos estudantes e professores começaram a se alterar. Uma das grandes mudanças é a busca pelas metodologias ativas, que tendem a se tornar um recurso didático importante para os novos tempos, colocando o aluno como protagonista do processo de aprendizagem e destacando habilidades e competências individuais que, diante um modelo de aula tradicional, estavam adormecidas. Outra mudança que ganha espaço com a era do ensino remoto é a implementação da educação híbrida, modalidade que mescla encontros presenciais e online (síncronos ou assíncronos) e conecta as propostas das metodologias ativas como uma inovação importante para o novo cenário educacional. 

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Embora apresentada como grande novidade na atualidade, as metodologias ativas já são debatidas e apresentadas aos professores há muito tempo. Pesquisadores como John Dewey, Jean Piaget, Maria Montessori, Célestin Freinet, Lev Vygotsky, Carl Rogers, Paulo Freire e tantos outros enfatizam, há décadas, que o processo de ensino e de aprendizagem tem mais significado quando há interação com o meio, e as tecnologias tornam-se experiências educacionais importantes e significativas para transformação da informação em conhecimento, superando assim o modelo tradicional, 

Assim, as metodologias ativas são consideradas instrumentos que promovem a pedagogia da autonomia e que possibilitam e favorecem o protagonismo do aluno, abrindo espaço para que ocorra o diálogo, a participação, a reflexão, a formação do senso crítico e o respeito às diferentes opiniões que surgem em sala de aula, no ambiente online ou em qualquer outro âmbito social. Quando bem implementadas, elas estimulam e incentivam a autoaprendizagem, despertando a curiosidade e o interesse no desenvolvimento de novos conceitos e a busca por conteúdos alternativos por parte dos alunos.  

Novos estudos têm mostrado que o aprendizado ativo é muito mais eficiente e eficaz do que o passivo. Entre esses estudos, o mais propagado é a teoria do psiquiatra americano William Glasser que procura explicar como as pessoas geralmente aprendem e qual a eficiência dos métodos nesse processo (veja a imagem abaixo). Essa teoria é conhecida como Pirâmide da Aprendizagem. De acordo com ela, os alunos aprendem cerca de 10% lendo; 20% escrevendo; 50% observando e escutando; 70% discutindo com outras pessoas; 80% praticando; e 95% ensinando. Assim, podemos concluir que os métodos mais eficientes de aprendizagem estão inseridos nas metodologias ativas.

 

Entre tantos modelos de metodologias ativas, podemos destacar as mais comumente aplicados e que geram bons resultados para o aprendizado dos alunos:

Como foi possível perceber, os benefícios advindos com a implementação das metodologias ativas, são extraordinários. Entretanto, eles não são conquistados gratuitamente ou de forma simples, pois dependem muito do preparo dos professores, das condições das escolas, do trabalho dos gestores e ainda demanda muito envolvimento, participação e apoio dos pais. Vivemos em um período de grande mudança na mentalidade das atividades da escola e todos precisam estar abertos a essas novas transformações que estão correndo na educação.

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