Constantino: Há oportunismo e uso político da pauta do meio ambiente
A abertura oficial da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) começa nesta terça-feira (24), em Nova York, com o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) às 10 horas.
“O Brasil vai ser a Geni desse encontro, o Malvado Favorito é o presidente Jair Bolsonaro. Vão atacar a Amazônia, é uma questão internacional, as mudanças climáticas. Mas veja: a sueca de 16 anos que abriu o evento sobre o clima se disse decepcionada, disse que pouca coisa vai ser feita de fato, que só o Macron ofereceu um projeto mais agressivo, de US$ 500 milhões. O que eu penso é o seguinte: aquele é um reduto da esquerda caviar global para usar retórica, sensacionalismo e vender uma imagem de uma questão que virou, de fato, a religião secular do momento, que é o ambientalismo. Há muita histeria em relação a isso, fala-se em consenso científico, tudo é ciência. Não há consenso científico algum – primeiro que ciência não se faz com base em consenso – mas não há consenso em relação ao alarmismo dos ambientalistas, que estão errando sistematicamente e sempre exagerando na dose.
Dizem que a questão das mudanças climáticas – já não é mais aquecimento global – são as mais relevantes atualmente para a humanidade. Eu me pergunto onde esse pessoal vive: em um mundo onde há terrorismo islâmico, milhões e milhões de miseráveis. O Brasil tem metade da população sem saneamento básico, a violência mata mais de 60 mil por ano no país. Parece um luxo de uma elite que vive em uma bolha progressista e a exploração que eles vem fazendo de adolescentes, de crianças, é algo um tanto abjeto.
Essas manifestações que usaram crianças pelo mundo inteiro, essa menina de 16 anos que fica dando lição de moral para as lideranças do mundo, do planeta, falando que vai salvar o planeta. Veja, se minha filha vem com um discurso desses eu ponho ela de castigo. Primeiro tem que aprender a arrumar o quarto, estudar, tirar nota boa, ser alguém na vida. A mensagem, aqui, é do Nelson Rodrigues para os jovens: ‘Primeiro, amadureçam’. Essa coisa toda de que os jovens se mobilizaram, entenderam a importância do tema. Não, isso tudo depõe contra, mostra que há uma religião secular por trás dessa pauta explorada com interesses muito sérios.
Há muito oportunismo e uso político dessa pauta que está beirando o insuportável, é uma previsão que não é compatível com a ciência. E os que falam em nome da ciência são aqueles que, por exemplo, não querem que as crianças aprendam que menino nasce menino e menina nasce menina, e falam que ideologia de gênero é legal. Quer dizer, eles são os que valorizam a ciência, não os conservadores, os obscurantistas”, disse Constantino.
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