Constantino: Morales não sofreu golpe, tentou dá-lo
O governo mexicano confirmou, na noite desta segunda-feira (11), que Evo Morales, que renunciou à presidência da Bolívia no último domingo (10), já está a bordo do avião que o levará ao México, onde receberá asilo por razões humanitárias. O ex-presidente boliviano aceitou o asilo oferecido pelo governo mexicano.
“Evo Morales representa essa esquerda jurássica, golpista, que tentou tomar conta da América Latina inteira por meio do Foro de São Paulo. Aquela turma coordenada, que tinha inspiração em Fidel Castro e Hugo Chavez – e da qual Lula fazia parte e, no Brasil, foi tentando comer pelas beiradas, o que significa dar um golpe dentro da democracia, contra a democracia.
Era isso que Morales fazia. Na verdade tem muita gente da esquerda que está falando em ‘golpe contra Evo Morales’, mas na verdade um golpe é que foi impedido na Bolívia – era Morales que tentava dá-lo. Ele deu um golpe constitucional para poder se reeleger pela terceira vez e depois deu um golpe nas urnas, fraudando as eleições, o que ficou comprovado pela averiguação da OEA – e aí realmente houve uma pressão por sua saída, já que ele ainda não tinha apoio dos militares, como na Venezuela, razão pela qual Nicolás Maduro não cai.
O fato de a Venezuela ter vivido essa desgraça, todo mundo acompanhando dia-a-dia, fez com que os demais povos ficassem mais atentos e mais alertas à esse avanço golpista da esquerda radica. Então eu acho que isso também ajudou bastante a impedir esse golpe da Bolívia – as pessoas se mobilizaram.
Óbvio que tem um vácuo de poder no país hoje, o que é perigoso – o líder da polícia, Camacho, já está falando em junta militar e tudo, o que remete a coisas de um passado que gostaríamos de ver enterrado no continente – mas que infelizmente é uma tentativa de reação a esse tipo de golpe que a esquerda jurássica e carnívora volta e meia tenta tocar na região”, disse Constantino.
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