Vera: Carlos, Moro e Aras protagonizam ‘salvação’ de Bolsonaro
A briga entre Jair Bolsonaro (PSL) e a Rede Globo se acirrou, nesta quarta-feira (30), após o Ministério Público (MP) revelar que o depoimento do porteiro, que vinculava o nome do presidente ao dia do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) era mentiroso. Mesmo com a reportagem do Jornal Nacional não acusando o presidente – mas sim demonstrando que o depoimento era contraditório, já que Bolsonaro não estava em casa no dia -, aliados e bolsonaristas compraram a disputa entre o presidente e a imprensa.
Logo depois da reportagem divulgada, três agentes trabalharam de forma vitoriosa pela “salvação” de Bolsonaro – isto é, pela dissociação de seu nome do caso: seu filho, Carlos Bolsonaro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras.
O primeiro foi Carlos. Em uma reação rápida à matéria veiculada, ele postou imagens do arquivo da portaria do dia do assassinato de Marielle, demonstrando que, nos registros, não havia nenhuma ligação para a casa de Bolsonaro no horário relatado pelo porteiro. Ele mostrou, também, um áudio em que Élcio de Queiroz interfona para a casa de Ronnie Lessa, e não para a do presidente, como contado em depoimento.
Antes, Carlos já havia, também rapidamente, demonstrado provas de que seu pai estava na Câmara dos Deputados, em Brasília, e não em sua residência, no Rio de Janeiro, naquele dia.
O segundo personagem que ganhou relevo foi Moro que, a instado por Bolsonaro, pediu prontamente uma investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) sobre o caso. Com isso, o ministro demonstrou que a relação com o presidente vai bem, afastando qualquer rumor de ruído que existia anteriormente.
Por último, Bolsonaro foi ajudado por Aras, que disse imediatamente que o presidente era uma vítima, e não um acusado. Foi ele quem trouxe à tona a história de que o MP já havia refutado o depoimento do porteiro, aproximando-se do chefe do Executivo.
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