Lira diz que reforma administrativa deve ser aprovada primeiro: ‘Dará rumo para a economia’

Presidente da Câmara se reúne nesta segunda-feira, 26, com o ministro da Economia, Paulo Guedes; segundo ele, objetivo é discutir o andamento da reforma tributária no Congresso

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2021 08h56 - Atualizado em 26/04/2021 10h02
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados O presidente da Câmara, Arthur Lira A preocupação de Lira é que a instalação da CPI da Covid-19 no Senado Federal possa atrapalhar o andamento das propostas no Congresso Nacional

A aprovação das reformas estruturantes pode acontecer ainda em 2021. A avaliação é do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira. Segundo ele, as propostas seguem caminhando no Congresso Nacional, com destaque a proposta administrativa já sendo tema de audiências públicas na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara. Segundo o parlamentar, a previsão é que o texto, que altera as diretrizes do serviço público brasileiro, seja aprovado com maior agilidade. “Tenho comigo que a reforma administrativa sairá primeiro, com efeito de agora para frente, com raras dificuldades e poucas situações que vão poder atingir funcionários atuais na sua estabilidade, claro que tem a clausula do desempenho e outros fatores que os funcionários precisam estar posicionados. Precisamos de Estado mais ágil, leve, mais barato, com perspectiva de conten ção de despesa da máquina pública para o futuro, isso trará segurança jurídica, investimentos e dará rumo para economia brasileira”, avaliou, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 26. De acordo com Lira, a expectativa é que a proposta seja encaminhada para uma comissão especial, com presidente e relator já designados, para uma “discussão mais rápida”.

Ao mesmo tempo, o deputado também aponta os avanços da reforma tributária, que terá, segundo ele, a sua versão inicial apresentada até 03 de maio. Lira promete “acompanhar pessoalmente” o andamento da discussão, o que justifique a reunião do presidente da Câmara com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira. Para ele, considerando o tema mais delicado, é preciso iniciar os debates pelos pontos de consenso. “A gente tem aquela máxima, se tentar comer o boi inteiro não consegue, mas fatiando ele, das partes mais fáceis para a mais difíceis, você consegue adiantar uma reforma que dê a simplicidade, desburocracia, um ajuste fiscal mais justo”, pontuando que reuniões importantes com líderes do Legislativo sobre o tema começam ainda nessa semana.

A preocupação de Lira é que a instalação da CPI da Covid-19 no Senado Federal possa atrapalhar o andamento das propostas no Congresso Nacional. Segundo ele, mesmo que ocupe apenas de 10 a 15% dos senadores, o colegiado vai fazer “grande ocupação” dos órgãos do governo, Senado Federal e dos governos estaduais e municipais. “É perda de tempo, nesse momento, se instalar uma CPI, porque o Congresso não é delegacia de polícia, é Casa de leis. Nesse momento, temos que fazer leis que facilitem a vida dos cidadãos, que cuide dos empregos geram renda, que dê perspectiva melhor para a administração pública, como a reforma tributária.”

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