Marina diz não ter medo após ataque a Bolsonaro: ‘trato todos com respeito e recebo isso de volta’

  • Por Jovem Pan
  • 07/09/2018 16h14 - Atualizado em 07/09/2018 16h15
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João Henrique Moreira/Jovem Pan "É preciso que cada um de nós trabalhe para não permitir que o país seja tragado pela violência", disse

A candidata à presidência da República pela Rede, Marina Silva, conversou com a Jovem Pan com exclusividade na tarde desta sexta-feira (7) para comentar o ataque à faca feito contra o concorrente na disputa Jair Bolsonaro (PSL). Ela reiterou seu repúdio pelo atentado, valorizou a paz e o respeito entre candidatos e militantes que possuem opiniões divergentes e afirmou que não tem medo de passar por uma situação semelhante.

“Preciso reiterar meu repúdio a toda e qualquer forma de violência como forma de expressão política ou de desaprovação de propostas. Violência não constrói absolutamente nada. É preciso que cada um de nós trabalhe para não permitir que o país seja tragado pela violência. E primeiro não podemos deixar que a violência trague a nós mesmos. Que mantenhamos uma postura de paz e respeito com outros. Sempre defendi isso. Sempre fiz uma campanha limpa sem incitar a violência”, disse.

“Tenho a tranquilidade de que, quando a gente faz um diálogo aberto… Graças a Deus nunca encontrei ninguém que me agredisse em mais de 32 anos de vida pública. Trato com respeito mesmo quem diverge de mim e tenho recebido isso de volta. Minha preocupação maior é com o Brasil e com a política. Não podemos entrar nesse caminho. Talvez as mulheres possam nos ajudar, elas costumam unir as famílias e comunidades”, completou.

Sobre o futuro da campanha presidencial, a candidata acredita que, embora ainda seja muito cedo para fazer qualquer afirmação, o processo passará por severas modificações.

“A campanha agora assume outra dimensão no contexto dessa grave situação que estamos vivendo. As candidaturas vão ter que continuar fazendo o processo, mas considerando a grande responsabilidade que temos com a ordem, a paz e o cuidado para que nada saia do controle (…). Eu nunca defendi qualquer tipo de agressividade contra candidatos. Entrei na campanha para oferecer outra face. Contra o ódio, o amor. Contra a mentira, a verdade. Contra a roubalheira, a honestidade. Para trabalhar em favor da sociedade. Assim vamos continuar. O slogan do nosso partido é ser de luta e paz. Amanhã faremos uma caminhada de branco em sinalização de que o Brasil precisa de paz”, concluiu.

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