Após adoção, Leandra Leal muda sua visão sobre racismo: ‘Posso estar na luta com ela’

Em participação no Altas Horas, a artista contou como a experiência de ser mãe a tornou uma aliada na causa antirracista

  • Por Jovem Pan
  • 27/06/2021 13h53 - Atualizado em 27/06/2021 14h01
  • BlueSky
Reprodução/Instagram/Leandraleal Leandra Leal e a filha Júlia A atriz Leandra Leal é mãe de Júlia, de 6 anos de idade

A atriz Leandra Leal falou, no sábado, 26, durante a sua participação no programa Altas Horas, da Rede Globo, sobre o impacto que a adoção teve em sua visão de mundo, principalmente quando se trata de racismo. A artista é mãe de Júlia, de 6 anos, e contou como a experiência a tornou uma aliada na causa antirracista. “Sempre me considerei uma pessoa superconsciente, ativista nisso, mas é óbvio que ser mãe de uma menina negra muda completamente a percepção e meu sentimento. É algo que eu não consigo sentir por ela, mas é algo que eu posso estar na luta com ela”, disse a atriz. “E é algo que é uma das minhas bandeiras agora e que acho que deve ser uma bandeira de toda a sociedade”, completou a global, que também defendeu a adoção durante o programa. “Para mim, a adoção é algo que estou começando a falar mais, algo que eu não falava muito, mas agora, com a Júlia chegando nos sete anos, vejo o quanto é importante que eu fale sobre isso e normalize famílias que encontraram na adoção a sua forma de filiação. Porque é algo que eu recebo muitas falas preconceituosas mesmo e sem informação mesmo. Eu ouço, por exemplo: ‘Quando é que você vai ter o seu?'”, relatou Leandra.

A participação da atriz virou tendência nas redes sociais após ela se posicionar firmemente contra o governo de Jair Bolsonaro. “Como é que a gente deixou o Bolsonaro ser eleito presidente? Como?”, indagou. “Ele já falava sobre preconceito, já destilava o seu ódio, já falava sobre homofobia, já espalhava fake news. Não foi uma escolha difícil”, afirmou Leandra. “Quem se permitiu achar que era uma escolha difícil, relativizou o preconceito. Relativizou a homofobia, o racismo, porque tudo isso estava na fala dele. O desprezo que ele tem pelas pessoas agora, a falta de empatia, como ele imita uma pessoa faltando ar”, acrescentou a artista, que fez um alerta ao público. “Nas eleições do ano que vem, não podemos ficar desatentos a isso. Estamos passando uma pandemia, mas tem inúmeras outras injustiças que a gente pode continuar passando em nosso país. E eu espero muito que essa seja uma lição desse momento”, concluiu.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.