Assassino de John Lennon tem liberdade condicional negada pela décima vez

  • Por Agência EFE
  • 24/08/2018 07h34
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Reprodução/USNews Reprodução/USnews Chapman, que hoje tem 63 anos, matou a tiros o ex-membro da mítica banda The Beatles em 1980, na porta de sua casa em Nova York

As autoridades de Nova York negaram nesta quinta-feira pela décima vez liberdade condicional ao assassino de John Lennon, Mark David Chapman, que a solicita a cada dois anos desde 2000.

Chapman, que hoje tem 63 anos, matou a tiros o ex-membro da mítica banda The Beatles em 1980, na porta de sua casa em Nova York, e por esse crime foi condenado a um mínimo de 20 anos e um máximo de prisão perpétua.

Preso na penitenciária de segurança máxima de Wende, o assassino do cantor apelou nesta semana à Junta de Liberdade Condicional do estado de Nova York, que rejeitou seu pedido, e ele agora não poderá apresentar outra solicitação até 2020, aponta hoje a imprensa local.

Segundo o jornal “New York Daily News”, o documento judicial ressalta que a libertação de Chapman seria “incompatível com o bem-estar e a segurança da sociedade e menosprezaria a seriedade do seu crime, o que minaria o respeito às leis”.

“O relatório de seu histórico criminal reflete que este é o seu único crime. No entanto, isso não atenua suas ações”, afirma o texto.

A Junta reconheceu em algumas ocasiões anteriores que Chapman tem um histórico penitenciário “limpo” desde 1994, mas também que atuou com premeditação e em busca de “fama”, destacou o mesmo jornal.

“Ele admitiu que planejou cuidadosamente e executou o assassinato de uma pessoa conhecida no mundo todo só para adquirir notoriedade”, apontou a Junta, que acrescentou que Chapman mostrou “um desprezo cruel pelo caráter sagrado da vida humana e o sofrimento de outros”.

As autoridades carcerárias também admitiram que a libertação do assassino do ex-Beatle representaria um problema de segurança pública, já que alguém poderia atacá-lo “por raiva ou como vingança”.

O “New York Daily News” apontou que a viúva de Lennon, Yoko Ono, não quis fazer nenhum comentário a respeito através de seu advogado, Jonas Herbsman, mas afirmou que tinha enviado uma carta à Junta para pedir que Chapman permanecesse na prisão.

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