Britney Spears pede fim de sigilo judicial sobre tutela e cita apoio de fãs

Em pedição enviada à Justiça, advogado da cantora defendeu que o #FreeBritney está ‘longe de ser uma teoria da conspiração’

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2020 09h54
Reprodução/Instagram Pai de cantora tem sua tutela desde 2007, quando ela foi internada em uma clínica psiquiátrica após um surto

A cantora Britney Spears apresentou uma petição ao Superior Tribunal de Los Angeles para que os detalhes e procedimentos de sua tutela, controlada há mais de uma década por seu pai, perdessem o sigilo judicial e viessem à tona. Em um movimento sem precedentes durante os 12 anos em que a vida pública e privada da artista permaneceu sob controle, o advogado da estrela, Samuel D. Ingham III, mencionou pela primeira vez o apoio público que os fãs estão dando à artista para exigir que o caso não seja tratado em segredo, como é o desejo de seu pai, James Spears.

“A tutela de Britney atraiu um nível de escrutínio sem precedentes da mídia e das redes sociais”, disse o documento entregue ao tribunal na quarta-feira (2) e publicado pelo jornal Los Angeles Times nesta quinta-feira. “Longe de ser uma teoria da conspiração ou uma ‘brincadeira’ como James disse à mídia. Muito desse escrutínio é um resultado razoável e até previsível do uso agressivo de procedimentos de ‘selagem’ por James para minimizar a quantidade de informações significativas disponibilizadas ao público”, acrescenta o documento.

A objeção faz parte das audiências que estão sendo realizadas para decidir o futuro legal da cantora de 38 anos, que em outros documentos expressou sua “forte oposição” a que seu pai recupere o controle sobre as decisões em sua vida privada e pública. Até agora, todos os procedimentos abertos ocorreram em sigilo e sem informação pública, algo a que a artista se opõe. “Neste caso, não é um exagero dizer que o mundo inteiro está observando”, acrescenta ela.

Há duas semanas, os tribunais estenderam a tutela legal da artista até fevereiro de 2021, apesar de ela ter exigido que a função de controle caísse nas mãos de um advogado especializado e não de seu pai. Embora o caso esteja recebendo muita atenção da mídia sob o movimento “#FreeBritney” (“Britney livre”), para o qual até mesmo vários manifestantes protestaram nos tribunais de Los Angeles chamando a medida de “sequestro”, Britney nunca havia se referido explicitamente a ele.

Tudo remonta ao duro ano de 2007 para a cantora, marcado por comportamento errático e problemas com drogas, agravado pelo assédio de paparazzi após seu divórcio de Kevin Federline e o lançamento do álbum “Blackout”. O pai da estrela desempenhou um papel importante na época, assumindo sua tutela quando, em 2008, ela foi internada em um hospital psiquiátrico e perdeu a custódia de seus filhos.

*Com EFE

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