Defesa de Belo consegue habeas corpus e cantor é solto após polêmico show no Rio
Advogados do artista afirmam que a apresentação aconteceu dentro da legalidade e com contrato
O cantor Belo deixou a prisão nesta quinta-feira, 18, após o desembargador Milton Fernandes de Souza aceitar seu pedido de habeas corpus. O processo foi aberto pelo escritório de advocacia Daniel Dias, que está atuando na defesa do artista. No documento, o qual a Jovem Pan teve acesso, foi descrito que o pagodeiro está “sofrendo constrangimento ilegal” e ressalta que, para a realização do show, considerado clandestino pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, houve um contrato regular entre as empresas envolvidas. Também foi descrito que uma nota fiscal foi emitida para os serviços prestados e isso demonstra a origem do dinheiro recebido pelo cantor.
A prisão de Belo aconteceu na última quarta-feira, 17, em uma operação conduzida pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), que investiga um show que aconteceu na última sexta-feira, 12, em uma escola pública do Complexo da Maré, uma comunidade do Rio. Segundo divulgado pela polícia, o show não teve a autorização da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) e chamou atenção por causar aglomeração em meio a pandemia da Covid-19. A Polícia Civil do Rio ainda divulgou que acredita que o evento esteja atrelado a uma das maiores organizações criminosas do Estado.
A equipe de Belo, por meio das redes sociais, disse que o artista e sua família ficaram “surpresos e consternados” com a ordem de prisão e enfatizou que a agenda de shows do artista já estava cancelada há um ano. “O cantor retomou há pouco uma agenda parcial de shows, com compromissos ainda insuficientes para reverter o prejuízo dos meses em que esteve impedido de trabalhar”, diz um trecho da nota. “Como qualquer brasileiro, Belo é um cidadão com contas a pagar por meio de sua atividade profissional e sempre o fará sem distinções, principalmente de classe social”, acrescentou a equipe do pagodeiro. Também foi pontuado que outros eventos com aglomerações estão acontecendo pelo país e que esse show só chamou a atenção das autoridades porque aconteceu em “uma das maiores favelas cariocas”. A equipe do cantor questionou se “a situação seria a mesma caso o show ocorresse em bairros da Zona Sul e com artistas de gêneros musicais menos negligenciados do que o pagode”.
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