Festival internacional de filmes de três minutos desafia cineastas em Brasília
Durante três dias, a sétima edição do Festival Internacional de Filmes Curtíssimos, que teve exibições simultâneas em 100 cidades de 29 países, desafiou a capacidade de síntese de cineastas. Em Brasília, a mostra competitiva começou quinta-feira, no Cine Brasília, e contou com filmes dos mais diferentes formatos e gêneros. A premiação deve ser divulgada na noite de hoje (10).
Para a coordenadora do evento, Josiane Osório, é mesmo um desafio contar uma história em três minutos, com uma narrativa diferente do cinema tradicional. “Hoje a gente pode constatar que esse tempo tem tudo a ver com suportes móveis, com o aparto tecnológico que permite que mais pessoas participem. Hoje você pode juntar um grupo de amigos e fazer um filme”, diz.
Anteriormente, os filmes mais longos eram adaptados para a participação no festival e, agora, as pessoas já começam a produzir filmes pensando nos três minutos. “Isso mudou a qualidade dos filmes, a gente percebe nacionalmente”, diz o coordenador de curadoria do festival, Rodrigo Martins.
Durante todo o festival, foram exibidos mais de 140 filmes inéditos de até três minutos, produzidos em diversos países e regiões brasileiras. Além das mostras competitivas nacional e internacional, distribuídas nos três dias do evento, o festival possibilitou bate-papos com diretores e exibições paralelas.
Dos 140 filmes exibidos, 43 foram produzidos no Brasil. A maioria dos filmes são captados em Full HD (alta definição) e poucos em 35 milímetros. Em alguns casos, há uma fusão das duas técnicas. Um destaque nesta mostra é o filme Assalto, que foi filmado por celular, por um grupo de adolescentes de Manaus. Segundo a organização, cerca de mil pessoas passaram pelo festival.
O público participa da escolha dos filmes premiados, tanto na categoria nacional como internacional.
O encerramento, com a premiação oficial e exibição dos filmes premiados, ocorrerá na noite de hoje. Os filmes selecionados concorrem nas categorias melhor curtíssimo (na mostra nacional e na mostra brasiliense), animação, originalidade e júri popular, para as mostras nacional e internacional, que receberão troféu.
Editor Davi Oliveira
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