Morre diretor de cinema italiano Francesco Rosi

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2015 14h09

Francesco Rosi Reprodução/YouTube Francesco Rosi

O diretor de cinema italiano Francesco Rosi, um dos mais aclamados do país, sobretudo por seus filmes sobre o crime organizado, morreu neste sábado aos 92 anos em sua casa em Roma.

Ele morreu à noite enquanto dormia. Nas últimas semanas ele estava de repouso por causa de uma bronquite.

O funeral acontecerá na segunda-feira na Casa do Cinema de Roma a partir das 9h (local, 6h em Brasília).

Rosi nasceu em Nápoles o 15 de novembro de 1922 e ali começou a estudar Direito, mas rapidamente abandonou a universidade para se dedicar ao desenho.

Aos 22 anos se mudou para Roma para começar a trabalhar no teatro, de onde passaria ao mundo do cinema para ser assistente de cineastas como Michelangelo Antonioni em seu filme “I vinti” (1953) ou Lucchino Visconti e seu “A terra treme” (1948) ou “Parigi é sempre parigi” (1951), entre outras.

Seu primeiro trabalho como diretor foi em 1958, com “Fúria de ambições” com o qual recebeu o prêmio de melhor estreia na Mostra de Veneza.

Cinco anos depois, com “As mãos sobre a cidade” ganhou o Leão de Ouro do festival veneziano.

Em 1965 dirigiu na Espanha um filme sobre as touradas intitulado “O momento da verdade”, com roteiro de Pere Portabella.

Rosi, um dos diretores mais aclamados da cinematografia italiana, é lembrado por seu interesse nos problemas sociais, principalmente os ligados ao crime organizado e à máfia.

“Salvatore Giuliano” (1961) narrou a vida deste bandido siciliano vinculado tradicionalmente com a máfia.

Com “O caso Mattei” (1972), Palma de Ouro em Cannes, abordou um dos maiores mistérios italianos, a morte do presidente da companhia petrolífera ENI, Enrico Mattei, que morreu na explosão do avião em que viajava em 1962.

Outros títulos da filmografia de Rosi foram “Lucky Luciano” (1973), “Cadáveres incómodos” (1975), “Cristo parou em Eboli” (1978) e ” Três irmãos” (1981).

Em 1984, rodou uma versão cinematográfica da opera “Carmen”, interpretada por Placido Domingo e com coreografia de Antonio Gades.

Em 1987 dirigiu “Crônica de uma morte anunciada”, filme baseada no relato homônimo de Gabriel García Márquez.

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