Processo movido por bebê da capa de ‘Nevermind’ contra o Nirvana é rejeitado por juiz
Advogados da banda rebateram as acusações e, como não obtiveram uma resposta da equipe de Spencer Elden no prazo estipulado, a ação foi encerrada
O processo movido por Spencer Elden, bebê que aparece na capa do álbum “Nevermind”, do Nirvana, foi rejeitado por um juiz da Califórnia, nos Estados Unidos. Spencer, que atualmente está com 30 anos, moveu a ação ano passado contra várias partes, incluindo os integrantes vivos da banda, as gravadoras envolvidas no álbum e a viúva de Kurt Cobain, Courtney Love. Na conhecida capa de “Nevermind”, Spencer aparece ainda bebê nadando pelado em direção a uma nota de um dólar. No processo, ele alegou que houve exploração sexual e que essa imagem causou “sofrimento emocional extremo e permanente” a ele. Além disso, Spencer declarou seus pais não receberam e nem assinaram um documento autorizando o uso da sua imagem no álbum, lançado em 1991. Por conta disso, ele pediu uma indenização de US$ 150 mil.
No mês passado, os advogados do Nirvana rebateram as acusações dizendo que os argumentos apresentados por Spencer não tinham mérito. “A alegação de Elden de que a fotografia na capa do álbum ‘Nevermind’ é ‘pornografia infantil’ não é, aparentemente, nada séria”, pontuaram os advogados, conforme divulgado pela BBC. Os representantes da banda declararam que, se for considerada a teoria de Spencer, todas as pessoas que possuem o álbum seriam culpadas por posse ilegal de pornografia infantil. Os advogados também destacaram que antes de decidir mover o processo, Spencer demonstrava gostar de ser reconhecido como o “bebê do Nirvana”.
“Ele reencenou a fotografia em troca de dinheiro muitas vezes, ele tem o título do álbum tatuado em seu peito, ele apareceu em um talk show vestindo um macacão de cor nude para fazer uma paródia de si mesmo, ele autografou cópias da capa do álbum para vender no eBay e ele usou isso para tentar se relacionar com mulheres”, afirmaram os advogados. Após essa moção ser apresentada pela defesa, os advogados de Spencer tinham até 30 de dezembro para dar uma resposta, algo que não aconteceu. Com isso, o juiz Fernando M. Olguin encerrou o processo, porém ainda há a possibilidade de recorrer até o dia 13 de janeiro.
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