‘Todo mundo deveria fumar maconha, não só quem ouve reggae’, diz vocalista do Maneva

Tales de Polli, junto com Fabinho Araújo e Felipe Souza, falou sobre a carreira e desafios da pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2021 14h40 - Atualizado em 01/04/2021 14h44
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Divulgação/01.04.2021 Integrantes da banda Maneva Tales de Polli, Fabinho Araújo e Felipe Souza, do Maneva, participaram do 'No Caminho Eu te Explico'

Um dos grupos de reggae mais populares da atualidade, a banda Maneva vem se destacando cada vez mais nas plataformas de streaming de música e celebra seus 15 anos de carreira com novo álbum chamado “Caleidoscópio”. Os músicos Tales de Polli, Fabinho Araújo e Felipe Souza participaram nesta quinta-feira, 1, do quadro “No Caminho Te Explico”, do programa Morning Show, no qual o apresentador Fred Ring e seus convidados conversam e cantam a bordo de um Volvo XC40. No passeio, integrantes do Maneva falaram das dificuldades do início da carreira e opinaram sobre assuntos como a legalização da maconha. “Eu acho que todo mundo deveria fumar um baseado, não só quem ouve reggae (risos). Só não pode atrapalhar [a vida da pessoa]. A política proibicionista é falida, ainda mais pensando no jeito em que a gente trata o usuário. É esse proibicionismo que justamente abre margem para muita gente ganhar dinheiro, comentou Tales, vocalista da banda.

Com a pandemia da Covid-19, o Maneva parou de fazer shows, mas segue trabalhando para levar novidades aos fãs. “A gente está fazendo o que dá para fazer. Estamos compondo e produzindo. Tentando deixar as coisas mais leves apesar do momento crítico que estamos passando. Nessa pandemia, é muito importante ter arte, ter música disponível, coisa nova para a galera consumir”, comentou o vocalista que definiu o artista como o médico da alma. Uma forma de se aproximar do público foi fazer um show no estilo drive-in. A apresentação aconteceu no estádio de futebol Allianz Parque, em São Paulo. “A gente estava tão carente de palco que foi legal para um caramba. Você se sente no filme ‘Carros’”, brincou Tales. “E foi no Allianz, não é nem uma questão de ser Palmeirense, mas é um local em que várias bandas ‘gringas’ gigantescas já fizeram shows, então chegar nesse lugar e sentir essa atmosfera é sensacional”, acrescentou Fabinho, baterista do Maneva.

A banda surgiu em 2005 e por muitos anos foi uma banda independente. “A gravadora só veio em 2016. Fomos independentes até 2015. É complicado ser independente no Brasil com a falta de incentivo à cultura. Hoje, tudo ficou mais escancarado. Mas a gente vem sofrendo com falta de investimento na cultura há muito tempo. O sucesso nunca foi uma coisa que a gente buscou. Eu acho que o sucesso é igual uma sombra, quanto mais você vai atrás dele mais você apanha”, afirmou Tales. Em 2011, o grupo até pensou em desistir, mas já era tarde demais, pois eles já tinham conquistado um público que nem eles imaginavam. “As coisas começaram a acontecer”, disse o vocalista que relembrou que os shows da banda passaram a lotar, os fãs já sabiam as músicas e até tatuagem passaram a fazer com trechos das canções. “Uma das ambições do Maneva é essa: ser grande fazendo música para durar mais e fazer nossa música chegar ao máximo de pessoas possíveis”, finalizou a voz do Maneva.

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