‘Acho legítimo banir das redes quem está fazendo mal para a sociedade’, diz Luciano Huck

Apresentador usou Donald Trump como exemplo e também falou sobre a pandemia no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2021 09h34 - Atualizado em 09/06/2021 09h35
Reprodução/Instagram/lucianohuck Luciano Huck olhando a câmera e sorrindo Luciano Huck falou sobre o uso irresponsável das redes sociais e citou Trump de exemplo

O apresentador Luciano Huck participou do programa “Papo de Segunda”, do GNT, na última segunda-feira, 7, e, além de falar da pandemia da Covid-19, ele também opinou sobre o uso irresponsável das redes sociais. Na visão do artista, as pessoas deveriam ser penalizadas pelas coisas que publicam – principalmente quando se trata de uma figura pública, pois o que ela diz pode impactar a vida de outras pessoas. “A gente viu na CPI da Covid outro dia alguém falando: ‘Isso era um papinho de rede social’. Negativo. Se você é uma figura pública com crachá, responsabilidade e poder discricionário, você falou está falado. Dependendo de onde você fala sua opinião muda? Acho que você tem que se responsabilizar pelo que você fala”, falou Huck, que citou como exemplo a forma como o ex-presidente americano Donald Trump usou o Twitter na corrida presidencial. “O Trump incitou a violência, agrediu a democracia, fez várias coisas criminosas que matou muita gente e trouxe consequências grandes. Acho legítimo banir das redes quem está fazendo mal para a sociedade como se estivesse roubando, assaltando ou qualquer outro crime não digital.”

Assim que a pandemia começou, o apresentador contou que decidiu tentar ajudar de uma forma prática e passou a fazer entrevistas que resultaram em um documentário chamado “2021: O Ano que Não Começou”. “Eu já vinha em um incômodo crescente tentando entender como a gente poderia endereçar soluções importantes. O que eu acho que aconteceu durante a pandemia é que as coisas que já vinham dando errado se aceleraram exponencialmente. Coisas que levariam 10 anos para acontecer, levaram 10 dias para acontecer. Decisões boas e ruins de governo que poderiam levar anos em debate foram decididas em semanas para o bem e para o mal”, começou dizendo. “Quando eu me vi isolado em casa, em fevereiro do ano passado, com a cabeça fritando, buscando soluções para as coisas, pensei que ao invés de ficar amarrado no negacionismo que a gente está vivendo, assustado de como o Brasil estava gerando com tanta incompetência a nossa crise sanitária, ao invés de ficar tão angustiado, quis jogar luz no caminho.”

A ideia de Huck foi conversar com pensadores brasileiros e de várias partes do mundo, pois ele acredita que a pandemia colocou em evidência assuntos que antes não tinham destaque como o racismo, os movimentos antirracismo e também a grande desigualdade social do país. “De um lado, o Brasil foi um país muito fraterno e solidário, em três meses, a gente doou no começo da pandemia mais do que a gente tinha doado no ano anterior inteiro”, disse o apresentador, que sabendo disso quis apoiar essa solidariedade e quem estava se movimentando para ajudar pessoas e, para isso, foi atrás de boas ideias. Huck teria cogitado se candidatar na próxima eleição presidencial, mas ele pode ter declinado da ideia, pois teria recebido uma proposta da Globo para ocupar a o lugar de Fausto Silva nos domingos da emissora, visto que o apresentador do “Domingão do Faustão” já anunciou sua saída da Globo. Vale ressaltar que ainda não foi divulgado se o marido de Angélica vai de fato continuar na emissora carioca e ocupar o cobiçado posto de Faustão.

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