“Bingo – O Rei das Manhãs” é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2018

  • Por Agência Brasil
  • 15/09/2017 12h52 - Atualizado em 15/09/2017 12h53
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Mais de 200 membros da comissão formada por profissionais da área cinematográfica ajudaram na tomada de decisão

A Academia Brasileira de Cinema anunciou que Bingo – O Rei das Manhãs, com direção de Daniel Rezende,  é o longa nacional escolhido para concorrer ao prêmio de melhor filme em língua estrangeira no Oscar no próximo ano. A decisão foi divulgada ao meio dia de hoje (15), na Cinemateca, na capital paulista.

Mais de 200 membros da comissão formada por profissionais da área cinematográfica ajudaram na tomada de decisão.

Jorge Peregrino, vice-presidente da academia, avalia que a safra de filmes apresentados este ano mostrou muita qualidade, mas Bingo superou expectativas. O drama aborda a vida de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo na televisão brasileira na década de 80. Apesar da fama, ele não era reconhecido pelo público na rua, o que o levou à frustração e envolvimento com drogas.

Bingo concorreu à indicação com outros 22 filmes.

O cineasta e produtor João Daniel Tikhomiroff, membro da comissão, disse que foram levados em conta quesitos como universalidade, linguagem cinematográfica e compreensão internacional. “Bingo preenche todos os quesitos”, declarou. “Além de ser extremamente bem estruturado, com roteiro, elenco e edição, é muito bem-feito. Nos deixou bastante impactados e este é o primeiro critério que focamos”, avalia.

Segundo ele, a escolha demorou mais que o esperado, já que a comissão era formada por membros com opiniões divergentes. “Foi difícil escolher, tinha obras muito relevantes. Teríamos pelo menos três ou quatro filmes que poderiam representar o Brasil”, revelou.

O cineasta Miguel Faria Júnior, também membro da comissão, disse que não focou no público dos Estados Unidos, onde será disputado o Oscar. “Quis escolher o filme mais importante, o melhor produzido no Brasil este ano. Normalmente, o que faz sucesso fora do Brasil são os mais provincianos, não são filmes com capa de marketing”, disse.

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