Prestes a viver Silvio Santos, ator Velson D’ Souza ganha espaço na Amazon Prime
Musical ‘Silvio Santos Vem Aí’ foi interrompido devido à pandemia, mas deve retornar em abril; nesse período, o ator que morava nos EUA decidiu ficar no Brasil e apostar em projetos audiovisuais
Com uma carreira internacional em ascensão, o ator Velson D’ Souza, que estava morando nos Estados Unidos desde 2011, decidiu fazer audição para viver Silvio Santos em um musical interativo que estava previsto para estrear em março do ano passado, em São Paulo. Para sua surpresa, ele foi escolhido para dar vida ao apresentador e dono do SBT e não pensou duas vezes em voltar ao Brasil. Após semanas de ensaios, o ator chegou a fazer algumas apresentações do espetáculo, mas logo os teatros forma fecharam devido à pandemia da Covid-19. O artista acabou ficando no Brasil e acredita que seu retorno ao país aconteceu no momento certo, mesmo fugindo do que ele havia planejado. “Acho que o destino me trouxe para perto da família e dos amigos de longa data no momento certo. Não imagino como teria sido se eu estivesse nos Estados Unidos isolado durante esse período”, comentou Velson em entrevista à Jovem Pan. Durante os últimos meses, ele se envolveu em projetos audiovisuais, mas não esconde a ansiedade para viver o comunicador no espetáculo “Silvio Santos Vem Aí”.
“A expectativa para a estreia estava grande, principalmente depois de ver a reação do público quando estreamos com plateia antes dos teatros fecharem. No momento, a previsão de retorno é final de abril, mas dependemos muito da campanha de vacinação. Precisamos estar em condições seguras tanto para o público quanto para as equipes técnica e de atores. O musical com certeza vai acontecer”, garantiu o ator, que já esteve no elenco de várias novelas do SBT, como “Revelação” e “Vende-se Um Véu de Noiva”. Inclusive, um dos planos de Velson para este ano é voltar à televisão. “É algo que eu quero muito. Sinto muita saudade de gravar novela, ainda mais depois de ter tido a experiência de fazer séries e longas nos Estados Unidos nos últimos anos”, contou o artista, que assinou recentemente com o empresário Guilherme Abreu, responsável por lançar atores como Thiago Lacerda, Bruno Gagliasso e Henri Castelli.
Série à distância
O fechamento dos teatros também fez com que Velson se reunisse com seus amigos artistas para produzir uma série à distância chamada “Home Office”, na qual são abordadas as dificuldades encontradas pelas pessoas com o repentino isolamento social. A série foi disponibilizada no YouTube, mas os envolvidos no projeto perceberam que aquele conteúdo não era o que as pessoas costumam buscar na plataforma e decidiram tentar uma parceria com a plataforma de streaming Amazon Prime. Deu certo. “Foi um projeto de paixão mesmo, fizemos tudo a poucas mãos. Acumulei diversas funções. Foi um trabalho que nos deu sanidade durante muitos meses da pandemia, pois trabalhávamos durante muitas horas, muitas vezes varando a noite. E o mais legal foi que pudemos contribuir para a sanidade mental do elenco do musical ‘Silvio Santos Vem Aí’ também, já que empregamos todos do elenco na série. Foi o projeto mais colaborativo que já fiz parte na minha vida.”
Em 2020, também entrou no catálogo na Amazon Prime o filme de terror americano “Presos na Sombra”, que Velson protagonizou em 2016. O ator contou que foi fazer o teste para viver o melhor amigo do personagem principal, pois percebeu que a produção queria um artista com o típico perfil americano para estrelar o longa, mas, chegando lá, tudo mudou. “O diretor tinha uma ideia de alterar alguns estereótipos. Quando entrei na sala de audição, eu mal falei duas frases do meu texto e o diretor me interrompeu e disse: ‘Esse papel não é para você’. Fiquei atônito na hora pensando que tinha feito algo de muito errado em apenas duas frases. Na hora ele me entregou duas cenas do personagem Eric [protagonista], e pediu para eu levar o tempo que precisasse para preparar as cenas na sala ao lado”, lembrou o ator que 10 minutos depois fez o teste para o papel principal e passou. “Acho que a aceitação com atores brasileiros é ótima nos Estados Unidos, o que falta é a mesma criatividade que esse diretor teve de enxergar que o protagonista do filme dele poderia ser feito por um ator que não era americano.”
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