As faces de Neymar

A trajetória do 'menino peladeiro' do litoral paulista à camisa 10 da seleção brasileira - e as bolas fora da vida extracampo

 

No dia 3 de agosto de 2017, o milionário Paris Saint-Germain desembolsou 222 milhões de euros para contratar Neymar da Silva Santos Junior naquela que até hoje é a maior transação da história do futebol.

Camisa 10 da seleção brasileira nas últimas duas Copas do Mundo, cobiçado por grandes patrocinadores – ele fatura cerca de 100 milhões de reais por ano – e apontado pela imprensa mundial como próximo da fila para erguer o prêmio de melhor do planeta depois de Messi e Cristiano Ronaldo, Neymar era uma aposta certeira. E dinheiro não faltava para o PSG, disposto a montar um time imbatível.

A história que se assistiu, contudo, nos últimos anos foi outra. Cercado de confusões e algumas lesões, Neymar distanciou-se dos seus melhores dias quando marcava gols em série e encantava o mundo com arrancadas geniais e fracassou na jornada de conquistar taças importantes tanto pelo PSG quanto pelo seu país.

Na semana passada, já sem a braçadeira de capitão do time de Tite e tentando driblar a profusão de manchetes negativas causadas pela imagem estúpida de dar um soco no rosto de um torcedor, Neymar saltou de seu helicóptero particular no Rio de Janeiro com a missão de — pelo menos dentro de campo – conduzir o Brasil rumo ao título da Copa América dentro de casa.

Mas, mais uma vez, viu o noticiário que deveria celebrar o fato de ele estar recuperando a melhor forma física ser tomado por uma acusação de estupro — e por ter divulgado imagens íntimas da suposta vítima. 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o técnico Tite asseguraram que Neymar estaria em campo. Restaria saber qual Neymar. Não deu tempo. Aos 19 minutos do primeiro tempo de um amistoso preparatório contra o tímido time do Catar, no dia 5 de junho, Neymar sofreu mais uma lesão e foi cortado da Copa América.

Por João Vitor Rocha