Dono da Baixada

Pouco mais de um ano após a estreia como profissional, Neymar Jr. começou a formar seu leque de polêmicas. A primeira foi com Dorival Jr. Na partida contra o Atlético-GO, pela 23ª rodada do Brasileirão de 2010, o craque, com 18 anos, bateu boca e xingou o até então seu treinador, após ter sido proibido de bater um pênalti.

No desdobramento, Dorival barrou Neymar da equipe titular. Já a direção do Santos barrou Dorival do seu cargo e o demitiu.

Foi por esse caso a famosa frase de Renê Simões: “Estamos criando um monstro”.

“O que esse rapaz tem feito é inaceitável. Algo precisa ser feito, Neymar tem de ser educado logo. Desse jeito, ele vai virar um monstro. Fui ao Dorival dizer que estava certo ao repreendê-lo. Neymar, hoje, não é um homem, nem um grande jogador, é um projeto disso tudo. Fiquei decepcionado com o futebol depois desse episódio”.

Também em 2010, arrumou confusão com um companheiro de equipe, o centroavante Marcel, durante uma brincadeira no treino do Peixe. O jovem foi reclamar com o atacante por achar que ele estava chutando forte demais a bola contra o aniversariante Zé Love. Marcel não gostou e partiu para cima de Neymar. Os dois chegaram a trocar empurrões e xingamentos.

Menos de um ano depois, em abril de 2011, no início da campanha que o consagraria como campeão da Libertadores daquele ano, outra polêmica, dessa vez com a arbitragem. Após marcar um gol, Neymar foi comemorar com uma máscara do seu próprio rosto. Recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Um sorrisinho debochado e um balançar de cabeça marcaram aquela cena.

Ainda em 2011, indo para seu terceiro ano como profissional, as especulações sobre a briga de foice envolvendo Real Madrid e Barcelona por Neymar estavam a todo vapor. Como a história conta, o clube da Catalunha teve mais força e levou o craque. Mas não sem antes uma nova polêmica.

Em dezembro daquele ano, Santos e Barcelona disputaram a final do Mundial de Clubes. Ney ainda com as cores do Peixe enfrentava seu futuro time. Muito se especula que o jogador tenha entrado naquela partida já vendido ao rival. Pouco fez – e poderia fazer. Sonoro 4 a 0 para Messi e companhia.