Argentina leva delegação recorde em busca de desempenho histórico

  • Por Agência EFE
  • 07/07/2015 20h04
Reprodução Delegação argentina chega a Toronto para disputa do Pan

Com 469 atletas, a delegação argentina para os Jogos Pan-Americanos de Toronto terá como objetivo superar a marca histórica de 80 medalhas no exterior conseguida na Cidade do México, em 1955.

Esta edição do evento poliesportivo será a primeira avaliação continental completa do Entidade Nacional de Alto Rendimento Esportivo (Enard), criada no país em 2010 para potencializar os atletas nas diferentes modalidades.

“Se os objetivos prévios forem cumpridos, essa delegação estará em condições de fazer frente ao resultado histórico de 80 medalhas na Cidade do México, em 1955, que foi a melhor atuação da Argentina fora do país”, disse à Carlos Sifredi, diretor técnico-esportivo do Enard.

Com representantes em 35 dos 36 esportes que compõem o programa do Pan, a estratégia argentina consistiu em ampliar participação por todas as modalidades, com um planejamento a longo prazo em um ciclo olímpico que começou no ano passado, nos Jogos Sul-Americanos, disputados em Santiago.

“A delegação nacional chegará a Toronto com uma preparação sem precedentes para um evento no exterior. Nos últimos 15 meses, os atletas contaram com apoio para disputar 243 torneios preparatórios e fazer 121 períodos de concentrações no mundo todo, isso tudo aliada à contratação de 16 técnicos internacionais do mais alto nível”, relatou Daniel Jacubovich, diretor-geral do Enard.

Na composição da representação argentina, que terá uma média de idade de 27 anos, cabe destacar que 58% da delegação fará sua estreia em uma edição dos Jogos Pan-Americanos, enquanto apenas 16% tentará defender as conquistas obtidas em Guadalajara, em 2011.

Ao analisar a estratégia esportiva do país, o secretário nacional e multimedalhista olímpico na vela, Carlos Espínola, explicou que “a ideia é alargar a base de esportes para as conquistas esportivas, e não apostar em um núcleo reduzido como outros países fazem”.

“Exceto nos saltos ornamentais e no beisebol, que não nos classificamos, teremos representantes em todos os esportes do programa”, enfatizou Mario Moccia, secretário-geral do Comitê Olímpico Argentino.

De acordo com estimativas dos especialistas argentinos, não haverá grandes mudanças no topo da tabela de classificação, com Estados Unidos, Cuba, Brasil e o anfitrião Canadá nas quatro primeiras posições.

Em um segundo grupo aparece a delegação argentina, competindo com México, Colômbia e Venezuela, com a ambição de recuperar a sexta colocação ou até tentar ficar com o quinto lugar.

Assim como em Guadalajara, há quatro anos, o experiente ciclista Walter Pérez será o porta-bandeira da delegação. A modalidade tem 20 representantes argentinos, sobre os quais há grandes expectativas.

Nos esportes individuais, o atletismo argentino deposita esperanças em Juan Manuel Cano (marcha atlética de 20 quilômetros), Germán Chiaraviglio (salto com vara), Germán Lauro (arremesso de peso), Braian Toledo (lançamento de dardo), Rocío Comba (lançamento de disco) e Jennifer Dahlgren (lançamento de martelo).

Na natação, a delegação argentina contará com 24 representantes, com destaques para Guillermo Bértola e Cecilia Biagioli (maratona aquática), Guido Buscaglia, Federico Gabrich, Juan Martín Pereyra, Virgínia Bardach, Andrea Berrino e Julia Sebastián.

A intenção dos argentinos é fazer com que esportes como remo, canoagem e vela voltem a ser redutos de medalhas, e para isso depositam esperanças em nomes como Daniel Dal Bo, Rubén Rezola, Alexandra Keresztesi e Sabrina Ameghino (canoagem), Brian e Cristian Rosso, Sofia Conte, Lucía Palermo e María Abalo (remo); Mariano Reutemann, Julio Alsogaray e Celia Tejerina (vela).

Outros atletas que merecem atenção especial na delegação são María Belém Perez Maurice (esgrima), Javier Julio (esqui náutico), Federico Molinari e Nicolás Córdoba (ginástica artística), Emmanuel Lucenti, Christian Schmidt e Paula Pareto (judô), Franco Icasati (caratê), Yuri Maier (luta olímpica), Etel e Sofía Sánchez (nado sincronizado) e Ezequiel Capellano (patinação sobre rodas).

Outros destaques do país são Giselle Soler (patinação artística), Daniel Maggi (raquetebol), Roberto Pezzota (squash), Martín Sio (taekwondo), Facundo Bagnis e Paula Ormaechea (tênis), Gastón Alto e Ana Codina (tênis de mesa), Amelia Fournel (tiro) e Gonzalo Tellechea (triatlo).

As esperanças argentinas nos esportes coletivos estão no hóquei sobre grama, basquete, handebol, rúgbi, vôlei e polo aquático. A representação do país no futebol será exclusivamente feminina e, no softbol, apenas masculina. 

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