Caixa diminui valor de patrocínio da Confederação Brasileira de Atletismo
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a Caixa Econômica Federal formalizaram na última semana a renovação do contrato de patrocínio para este ciclo olímpico. O presidente da entidade José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, anunciou nesta terça-feira (30), na sede em São Paulo, que o repasse será de R$ 60 milhões até 2020 – sendo R$ 13 milhões neste primeiro ano de acordo.
O valor representa uma redução em relação ao quadriênio compreendido entre 2013 e 2016. No último ciclo olímpico, o acordo com a Caixa rendeu ao atletismo brasileiro um total de R$ 90 milhões, sendo que R$ 16 milhões por ano foram designados para atividades da CBAt e outros R$ 6,5 milhões para o Brasil Medalha – programa de investimento em atletas de alto rendimento com chances de subir ao pódio nos Jogos do Rio/2016. Na prática, o aporte para a entidade é R$ 4 milhões menor pelos próximos quatro anos.
“Tivemos um decréscimo, eram R$ 64 milhões no último ciclo olímpico com a Caixa. Referente aos R$ 90 milhões, eram dois contratos, um de patrocínio e outro com o Ministério do Esporte”, explica Toninho. Segundo o presidente, o termo inicial com o valor divulgado em 2013 foi desmembrado pelo banco estatal e, atualmente, o segundo compromisso foi extinto.
No novo contrato, a CBAt deve seguir 14 programas, entre eles, o auxílio às federações. Além disso, a Confederação Brasileira de Atletismo premiará os atletas brasileiros que tenham obtido recordes ou conquistado medalhas nos Campeonatos Mundiais.
“Mudamos o foco de fonte de repasse de verba aos atletas, a gente está trabalhando em cima do que o COB e o Ministério do Esporte estão exigindo, ou seja, meritocracia. A gente vai atrás de resultado. Atleta hoje tem várias fontes de receita: clube, Forças Armadas, Bolsa Pódio, Bolsa Atleta. Para a Confederação, esse convênio vai ser baseado em resultados, em performance dos atletas”, justificou o presidente.
Na categoria adulto, os valores para bonificação foram destrinchados em R$ 5 mil para recorde brasileiro, R$ 8 mil para sul-americano e R$ 50 mil para marca mundial. Entre os critérios estabelecidos, fica designado que o treinador receberá o equivalente a 50% do valor obtido por seu atleta.
Em caso de medalhas em Mundiais Adultos, o campeão embolsará R$ 80 mil, o segundo colocado terá direito a R$ 60 mil, enquanto o terceiro lugar ficará com R$ 40 mil. Nas outras categorias, os valores são inferiores.
A entidade disse também entender que não deve fazer diferenciação entre os atletas de pista e de rua. Com isso, a CBAt decidiu colocar fim a partir do próximo ano ao Programa Nacional de Apoio a Corredores de Elite, que atendia os atletas classificados do 1º ao 10º lugar, no masculino e feminino, no ranking de corredores de rua. Os atletas recebiam uma ajuda de custo mensal.
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