Com “ajuda” de Medina, Adriano de Souza conquista o título do Mundial de Surfe

  • Por Jovem Pan
  • 17/12/2015 19h46
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WSL/Reprodução Aos 28 anos

Depois de conquistar o título do Mundial de Surfe pela primeira vez em 2014, o Brasil está novamente no topo do esporte. Só que, desta vez, é um pouco diferente: campeão no ano passado, Gabriel Medina ajudou Adriano de Souza, o Mineirinho, ao vencer Mick Fanning na semifinal. Na outra semi, o brasileiro venceu Mason Ho e, com a combinação de pontos, chegou ao primeiro lugar da tabela, posição que ninguém pode mais lhe tirar.

Aos 28 anos de idade, Mineirinho chega ao momento mais importante de sua carreira em uma temporada eletrizante. Ele chegou a Pipeline precisando ficar à frente de Mick Fanning, então líder do ranking. Seu melhor resultado foi o primeiro lugar na terceira etapa, em Margaret River, além dos segundos lugares em Bells Beach e Trestles.

“Queria agradecer muito a Deus por esse momento e dizer que sou muito por Ele e pelo Ricardo lá em cima. Eu dedico esse troféu ao Ricardo. Eu fiz uma homenagem a ele aqui no braço, ele estará comigo para sempre, vou carregar a alma dele junto comigo”, disse Adriano após a confirmação do título.

Medina vence Fanning para ajudar o Brasil

Buscando o tetracampeonato, Mick Fanning começou com tudo e logo de cara tirou uma nota 7,33, o que lhe deu mais tranquilidade na bateria. Medina tentou reagir, mas teve dificuldades para arrumar boas ondas e chegou 7,77 pontos contra 10,36 do australiano. Nos últimos dez minutos, o brasileiro pegou um bom tubo, mas conseguiu apenas uma nota 4,83, menos do que os 6,27 que precisava para virar.

Foi só no fim que Gabriel mostrou por que é o atual campeão. A dois minutos do final da bateria, o brasileiro tirou um tubo “da cartola” em um momento difícil e conseguiu 6,50 de nota. Com isso, o placar apontou vitória de Medina por 11,33 a 10,36.

Adriano de Souza faz sua parte para ser campeão

A vitória do compatriota deixou Adriano de Souza precisando apenas vencer Mason Ho, na outra semifinal, para ser campeão – caso perdesse, o título ficaria com Fanning. A bateria começou com poucas ondas, e o brasileiro foi o primeiro a tentar, mas somente depois de dez minutos. Em duas tentativas, ele somou 1,57 ponto. O havaiano tentou reagir e tirou uma nota 1,24.

Restando menos de 15 minutos para o fim da disputa, os dois adversários pegaram bons tubos, um depois do outro. Mineirinho tirou nota 4,00, contra 3,83 de Mason Ho, o que aumentou sua vantagem. Depois, o brasileiro conseguiu fazer 6,83 a 4,70. A vantagem era pequena, mas se manteve até o final, o que garantiu mais um título mundial de surfe ao Brasil.

Pra fechar com chave de ouro: Mineiro conquista etapa de Pipeline

Depois de garantir o título, Adriano voltou para a água para a grande final da etapa de Pipeline. Já sem a pressão para conquistar o mundial, o campeão enfrentou seu “anjo da gurda”, Gabriel Medina. No duelo entre o campeão de 2014 e de 2015, melhor para Adriano que fechou a temporada com chave de ouro e levou o troféu de Pipeline para casa pela primeira vez na carreira.

Mineiro somou 14,7 contra 8,50 de Gabriel, se segurou nos minutos finais, manteve a boa distância para o compatriota e garantiu a conquista da etapa. Essa foi uma vitória inédita não só para Adriano, mas para o Brasil, que nunca teve um surfista campeão do Pipe Masters, etapa mais tradicional do WCT.

“Eu disse para o Gabriel na água que sem ele eu nunca seria campeão. Ele me mostrou o caminho para chegar até aqui. Muito obrigado, Gabriel, por me mostrar como ser campeão mundial”, disse Adriano, emocionado após a grande final.

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