Comitê Organizador do Rio 2016 culpa “manuseio” por problemas em medalhas
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 atribuiu ao “manuseio” das medalhas os problemas relatados por alguns dos atletas que as conquistaram, como rachaduras e oxidação. “A oxidação é por manuseio” e pelo “cuidado com as medalhas” de alguns atletas, disse nesta quarta-feira o diretor de comunicação do Rio 2016, Mario Andrada.
As medalhas “ou caem no chão ou se chocam, e com isso se rompe o verniz e aparece a oxidação”, acrescentou Andrada, que apontou que os problemas de oxidação afetam “apenas 137 medalhas das mais de 2.200 que foram entregues” e negou “qualquer erro” na cadeia de produção.
As medalhas, de acordo com ele, são “mais sofisticadas” que as entregues em edições anteriores dos Jogos. “Em todos os Jogos Olímpicos há uma estrutura (para devolver possíveis medalhas com defeitos). Não é algo novo, utilizamos tecnologia mais moderna nos vernizes”, disse, em alusão às críticas recebidas pela oxidação. Para Andrada, “as medalhas são para mostrar, não para que caiam no chão. A resistência não faz parte das características das medalhas”, ressaltou.
Das 137 medalhas que apresentaram defeitos, “a maioria é de atletas americanos, porque são os que ganharam mais medalhas”. O responsável pela comunicação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio destacou “não há nenhum gasto” para os atletas que queiram reparação em suas medalhas. “Eles têm que mandá-las para os comitês olimpicos de seus países, que nos repassa, e nós as enviamos, já reparadas, sem cobrança alguma” em um prazo de 3 ou 4 semanas, destacou.
As medalhas entregues durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro foram fabricadas na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro. A instituição informou hoje à Efe que os problemas detectados “são oriundos da oxidação causada pelo rompimento causado por impactos na camada do verniz protetor”. “A Casa da Moeda do Brasil aguarda do Comitê Olimpico Internacional (COI), com o qual já vem mantendo contatos, o envio das medalhas para a sua imediata restauração”, acrescentou.
As medalhas mais afetadas pelo problema são as de prata, que tinham pureza de 92%.
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