Quem será o sucessor de Tite? Brasil não descarta medalhões, mas pode ter um estrangeiro pela 1ª vez na história

Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues estuda nomes de diferentes perfis após a queda na Copa do Mundo de 2022

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2022 07h00
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Lucas Figueiredo/CBF - 02/12/2022 Tite na beira do campo contra Camarões Tite encerrou sua passagem pela Seleção Brasileira após a drrota para a Bélgica

Tite se despediu do comando da seleção brasileira na última sexta-feira, 9, com a eliminação diante da Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo 2022. A partir de agora, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se encontrará com treinadores para definir um substituto. De acordo com o presidente da entidade, o baiano Ednaldo Rodrigues, um anúncio oficial será feito somente em janeiro de 2023. O dirigente, entretanto, já deu pistas de que não irá excluir qualquer perfil de profissional. Em entrevista coletiva concedida ainda antes do torneio do Catar, o mandatário não descartou a possibilidade de a Amarelinha ser treinada pela primeira vez, para valer, por um estrangeiro — houve na história duas experiências em amistosos: uma com o português Joreca, em 1944, e otra com o argentino Filpo Nuñez, em 1965. “Sempre tenho dito que sim, a gente não tem nenhum preconceito de nacionalidade. Pode ser um treinador brasileiro, pode ser um treinador estrangeiro… Desde que tenha competência e realmente um envolvimento com aquilo que o futebol brasileiro necessita.”

A tendência de um profissional de fora do país assumir a seleção brasileira, na verdade, já havia sido confirmada em novembro de 2021. Na ocasião, o ex-volante espanhol Xavi Hernández, atual técnico do Barcelona, revelou que recebeu um convite para treinar a Canarinho após a Copa de 2022. Assim, alguns nomes com boa passagem pelo futebol nacional, como os portugueses Jorge Jesus e Abel Ferreira, ganham força como possíveis substitutos de Tite. O primeiro liderou o Flamengo nas conquistas da Libertadores da América e do Brasileirão (2019), encantando o país com seu futebol propositivo e envolvente — o “Mister” tem vínculo com o Fenerbahce (Turquia) até a metade de 2023. O segundo, por outro lado, é bicampeão da Libertadores e ganhou quase todos os títulos possíveis com o Palmeiras.

O nome de Abel Ferreira, inclusive, já foi confirmado por Ednaldo Rodrigues como um dos observados pela CBF. Além dele, o cartola disse que Dorival Júnior (sem clube) e Fernando Diniz (Fluminense) são outros monitorados pela entidade. “O futebol brasileiro tem um manancial extenso de grandes treinadores. Seria injusto citar só esses três (Dorival, Diniz e Abel Ferreira). Não quero esquecer nenhum. Ratifico os nomes que você coloca. Mas teria que citar outros 10 nomes”, disse o presidente da CBF, em novembro deste ano, indicando que outros treinadores também estão sendo avaliados. O dirigente, assim, não mostra resistência com medalhões e pode dar oportunidade a um veterano. Recentemente, o comentarista Caio Ribeiro, do Grupo Globo, garantiu que a seleção será liderada mais uma vez por Mano Menezes, atualmente no Internacional — a informação foi negada pela assessoria da CBF.

Durante o ciclo, vale lembrar, dois profissionais experientes fizeram sombra para o atual técnico da equipe verde e amarela. Após a queda nas quartas de final da Copa de 2018, diante da Bélgica, o nome de Renato Gaúcho ganhou força. Então técnico do Grêmio, Portaluppi fez sucesso novamente em Porto Alegre, vencendo a Libertadores da América no ano anterior. Já quando Tite anunciou que não ficaria, Cuca passou a ser aclamado por parte da torcida. Campeão do Brasileiro e da Copa do Brasil em 2021, o então comandante do Atlético-MG perdeu força depois de não conseguir dar continuidade no trabalho neste ano. Com o cenário incerto,  a única certeza é que Tite não será convencido a ficar para o próximo ciclo.

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