Crítico da CBF, Bandeira de Mello diz que chefiar seleção nos EUA é prêmio

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/05/2016 15h20
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Divulgação/Flamengo Presidente do Flamengo

A cena que abriu a convocação da seleção brasileira para a Copa América Centenário, nesta quinta-feira, chamou a atenção. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, entrou no auditório e se sentou em meio à plateia, na área dedicada aos convidados. No palco, o técnico Dunga e o diretor de seleções, Gilmar Rinaldi, foram acompanhados pelo presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello. Crítico da CBF, ele será o chefe da delegação nos Estados Unidos.

Rompido com a Federação de Futebol do Rio (Ferj), Bandeira foi um dos principais articuladores da Primeira Liga, que organizou a Copa Sul-Minas-Rio mesmo a contragosto da CBF.

O presidente do Flamengo foi questionado sobre isso durante a entrevista coletiva, mas preferiu não responder naquele momento, quando estava a menos de dois metros de Marco Polo Del Nero. “Sabia que iriam me perguntar isso, mas vou responder depois. Agora, o assunto é a convocação”, explicou.

Ao fim da coletiva, Eduardo Bandeira de Mello comentou a escolha “Não vejo conflito com o que penso. Entendi como uma premiação. O presidente Marco Polo Del Nero mesmo citou isso. Ele disse que era um reconhecimento à minha atuação como dirigente e pelo que o Flamengo defende em termos de melhorias, modernidade e transparência”, disse o cartola.

“O que o Flamengo vem empreendendo de mudanças é um exemplo para todos, e o convite não vai mudar minha posição. As nossas posições são conhecidas e imutáveis. Seguirei defendendo o que acredito e combatendo o que não concordo aqui (na CBF)”, afirmou “Entendemos que a CBF sofre pressão do outro lado também, de pessoas e entidades que não comungam das nossas ideias e que naturalmente tentam pressionar e influenciar.”

Nas redes sociais, alguns torcedores do Flamengo protestaram tão logo Bandeira de Mello foi anunciado como chefe de delegação. O dirigente, porém, preferiu não polemizar. “Eu entendo que a torcida do Flamengo, como são majoritariamente brasileiros, eles querem que a revolução que o Flamengo está empreendendo, sem falta modéstia, no futebol brasileiro, venha a ser absorvida pelo futebol brasileiro como um todo.”

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