Dilma diz que Brasil fará “a melhor Olimpíada” apesar do momento “crítico” da democracia

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/05/2016 10h47
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A presidente disse que conta com a "conhecida hospitalidade e alegria do povo brasileiro" e citou "período crítico de nossa história e democracia"

03/05/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino Presidente Dilma Rousseff acende a tocha olímpica em cerimônia no Palácio do Planalto em Brasília.

Em meio ao processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff exaltou nesta terça-feira os feitos do governo federal na área esportiva e já no fim de seu discurso durante a cerimônia de acendimento da tocha olímpica reconheceu que o momento político traz dificuldades para o evento. Apesar disso, Dilma afirmou que o país tem condições de fazer “a melhor Olimpíada da história” e fez um apelo para que os brasileiros recebam bem os visitantes durante os Jogos Olímpicos.

“Sabemos as dificuldades políticas que existem em nosso País hoje. Conhecemos a instabilidade política, mas o Brasil será capaz de, mesmo convivendo com período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico da nossa história e da nossa democracia, conviver porque criamos todas as condições para isso”, disse.

Dilma disse ainda que o momento é de convívio “com opiniões diferentes” e afirmou que conta com a “conhecida hospitalidade e alegria do povo brasileiro”. “Convivermos de forma respeitosa é uma das principais mensagens como exemplo para humanidade”, afirmou.

A presidente destacou que todos os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil e que o País está preparado para atender as melhores expectativas. “Juntos podemos ter orgulho de estarmos oferecendo a melhor Olimpíada”, afirmou. “Sabemos que o que vale é a luta e nós sabemos lutar, somos todos olímpicos.”

Ao fazer o que classificou como “chamamento ao País”, a presidente destacou o fato de o Brasil ser a primeira nação a sediar os Jogos na América Latina e garantiu que o País está seguro para atletas e turistas. “Investimos muito em inteligência. Asseguro que o Brasil está plenamente preparado para proporcionar proteção a todos”, disse. “O Brasil está pronto para realizar a mais bem sucedida edição dos Jogos Olímpicos. Nós trabalhamos para isso”, reforçou.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, destacou que a chama olímpica traz o “sentimento de união, inclusão e paz” e afirmou que sua missão histórica “é promover a trégua”. “Aqui ela deve fazer mais, vai levar o ideal olímpico para todo o território nacional, vai unir o país em torno dos jogos”, disse.

Sem a presença do peemedebista Eduardo Paes, Nuzman fez agradecimento ao prefeito do Rio e disse que a cidade está superando “obstáculos com determinação”. “Nenhuma cidade do mundo está tendo ou teve a transformação que o Rio teve”, disse o presidente do COI, ressaltando que Paes executou a “missão” com “enorme energia”. “O Rio está pronto para entrar para história”, afirmou.

Sem citar diretamente a crise política, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, exaltou o trabalho da presidente Dilma para o setor e acabou provocando na plateia gritos isolados de “não vai ter golpe”. “Não tenho dúvidas de afirmar que a senhora, para o esporte, é a melhor presidente da República da história”, disse.

O nadador e medalhista olímpico Tiago Pereira também falou durante o evento e convidou todos os brasileiros a assistirem aos Jogos que começam no dia 5 de agosto.

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