Especialista em scout de atletas traz estudo ao Brasil e espera fisgar técnicos

  • Por André Ranieri/Jovem Pan
  • 11/11/2014 13h44
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Professor da Universidade de Solent Reprodução/Facebook Clwyd Jones traz estudo de monitoramento de atletas

O inglês Clwyd Jones, professor da Universidade de Futebol Solent, que fica em Southampton, na Inglaterra, virá ao Brasil para ministrar um curso sobre scouting e monitoramento de jogadores, durante o 2º Encontro Internacional de Futebol Unesporte, no Ibirapuera, em São Paulo, entre os dias 17 e 19 de novembro. Em entrevista à Jovem Pan, Jones explicou as vantagens do curso e espera que os treinadores brasileiros comecem a utilizar a tecnologia para avaliar seus jogadores.

“A ideia principal desse curso é destacar algumas coisas que usamos na Europa para engajar os atletas. Uma análise que forneça aos técnicos os pontos para qual precisam ficar atentos. Uma análise quantitativa e qualitativa dos dados. Depois disso pediremos aos estudantes do nosso curso que façam tarefas baseadas nessa metodologia”, explicou o inglês, que completou. “Nós vemos essa tecnologia para analisar os atletas de uma forma mais moderna. Eu tenho certeza que vocês têm muitos técnicos que gostam de engajar os atletas apenas na conversa e que poderiam mostrar aos jogadores informações úteis para melhorarem o desempenho”.

O futebol da Inglaterra é um grande exemplo no uso da tecnologia de monitoramento de atletas. Grandes clubes do país como o Arsenal utilizaram os estudos na hora de fechar contratações e na análise do desempenho deles no dia-a-dia do time. Com o sucesso da Premier League, Jones afirma que a tecnologia tem uma participação nisso por levar ao país os melhores do mundo.

“Isto é apenas uma parte disso, mas obviamente o sucesso da Premier League se deve ao dinheiro pago para a televisão, a tecnologia no processo de treinamento e recursos humanos que temos. Todos os principais treinadores utilizam essa tecnologia para analisar os adversário”, comentou.

O professor também comentou sobre a fama dos jogadores brasileiros serem individualistas. Para ele, isso ocorre por conta da vontade deles em aparecer para atrair os clubes da Europa.

“Individualmente, os brasileiros são muito bons, mas o que eles querem é ir para a Europa. Eles pensam: porque deveria me preocupar com meu time se tenho que me destacar?. Eu sei que o Zico tinha uma grande identificação com o Flamengo. Isso acabou, os brasileiros querem ir logo para a Europa”, apontou.

Ouça acima a entrevista na íntegra!

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