Com um a menos, Atlético-MG vence Botafogo e abre vantagem na Copa do Brasil
Em um jogo movimentado, de dois tempos distintos, o Atlético Mineiro fez valer o domínio na etapa inicial para vencer o Botafogo por 1 a 0 e abrir vantagem nas quartas de final da Copa do Brasil. Os donos da casa jogaram com um a menos na noite desta quinta-feira (29), no Independência, desde o começo do segundo tempo, por causa da expulsão de Fred.
O placar dá ao Atlético a vantagem de jogar por um empate na partida da volta, marcada para o dia 26 de julho, no Engenhão. O Botafogo só avançará às semifinais em caso de vitória por dois gols de diferença ou se vencer por 1 a 0, forçando a disputa dos pênaltis. O vencedor do confronto vai enfrentar na semifinal o vitorioso do duelo entre o Flamengo e o Santos. No jogo de ida, o time carioca venceu por 2 a 0, em casa.
A partida no Independência contou com dois tempos bem distintos. O Atlético dominou completamente a etapa inicial, quando marcou o único gol da partida. Em ritmo forte, até lembrou alguns dos seus melhores momentos no Independência. Teve chances para sacramentar a vitória antes do intervalo.
O segundo tempo, porém, foi todo do Botafogo. E, com a ajuda de Fred, expulso logo aos 9 minutos. Só não empatou porque Bruno Silva desperdiçou chances seguidas e porque a equipe carioca não tinha um centroavante mais preciso. Obrigou, assim, o Atlético a se segurar para garantir a vitória.
O jogo
Sob a liderança de Robinho e Cazares, o Atlético infernizou a vida da defesa botafoguense ao longo de todo o primeiro tempo. Jogando soltos, os dois abriram brechas na zaga carioca, por ambos os lados do campo, e deixaram a partida movimentada na etapa inicial.
O tom do jogo foi dado pela dupla logo aos seis minutos. Foi quando Robinho recebeu pela esquerda e deu belo passe para Cazares, que surgiu centralizado, entre três marcadores, entrou na área e bateu para as redes: 1 a 0.
Imprimindo velocidade a cada ataque, o Atlético quase ampliou aos 10, em cabeçada de Fred, para fora. Aos 25, o atacante perdeu outra boa chance ao entrar chutando na área. Mandou longe, por cima do travessão.
Apesar das tentativas de Fred, era com Cazares que o Atlético ameaçava mais o Botafogo. Aos 29, ele investiu pela esquerda, foi até a linha de fundo, mas parou no goleiro Gatito Fernández. O equatoriano também assustava pela direita. Aos 43, foi novamente até o fundo e bateu cruzado, quase sem ângulo.
Acuado, o Botafogo praticamente só assistiu ao Atlético jogar no primeiro tempo. Perdendo a batalha no meio-campo, ameaçou apenas uma vez. E desperdiçou chance incrível para empatar. O lance aconteceu aos 33, quando Victor Luiz cruzou rasteiro da esquerda e Bruno Silva, pego de surpresa dentro da área, bateu fraco e sem mira, diante do gol aberto.
Era apenas um aperitivo do que viria pela frente no segundo tempo, em que os papéis se inverteram. A mudança no panorama da partida começou aos 9 minutos, quando Fred, nervoso em campo desde o primeiro tempo, fez falta dura em Rodrigo Lindoso e levou o cartão vermelho.
Se o Botafogo já tentava aparecer mais no ataque, a expulsão era o combustível que faltava para o time de Jair Ventura partir para cima da defesa atleticana. Os números do jogo escancaravam a nova realidade da partida. O time carioca acumulava 10 finalizações, contra 7 do Atlético, aos 18 minutos. Bruno Silva foi o responsável por algumas destas finalizações. Também foi o responsável por desperdiçar estas chances, duas delas na cara do gol.
A desvantagem numérica e o maior volume de jogo do Botafogo deixaram o Atlético paralisado em campo. Para ajudar, o técnico Roger Machado tirou de campo Robinho, um dos melhores jogadores da equipe no primeiro tempo. Rafael Moura entrou em seu lugar, sem acrescentar nada ao ataque dos anfitriões. Aos 38, ele perdeu uma das melhores chances da partida, ao finalizar dentro da pequena área. Gatito fez defesa incrível.
Mesmo perdido em campo, o Atlético ainda teve chance de aumentar a vantagem aos 33 minutos, em cobrança de falta perigosa de Cazares. Do outro lado, o Botafogo tentou apertar a pressão nos minutos finais, sem sucesso. Nem Pimpão e nem Vinícius Tanque, que entrou no lugar de Roger, acertaram o pé no ataque.
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