Copa América: MPF irá investigar CBF, Conmebol e patrocinadores do evento por ‘violações de direitos humanos’
Canais que detém os direitos de transmissão do torneio e os estados-sede também estão inclusos na ação
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), vinculada ao Ministério Público Federal, protocolou nesta segunda-feira, 7, pedidos de apuração de possíveis violações em direitos humanos que envolvam a realização da Copa América no Brasil. O torneio começa no próximo dia 13 de junho e termina em 10 de julho. O procurador federal da pasta, Carlos Alberto Vilhena, indicou que o MPF apure os atos praticados pela Confederação Brasileira de Futebol – CBF, pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), pelas empresas patrocinadoras do evento (Mastercard, Ambev, Latam, Semp TCL, Diageo, Kwai, Betsson e TeamViewer), pelos governos estadual e municipal. Ofícios foram encaminhados aos procuradores regionais do PRDC nos estados de Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.
O Estado de São Paulo é o único que não será sede do torneio, mas a investigação será voltada para os canais de televisão que tem os direitos de transmissão da Copa América como o SBT e a Disney (canais ESPN e Fox Sports) e para as empresas patrocinadoras (Kwai e Betfair). O documento destaca a situação de calamidade no Brasil, em decorrência da pandemia da Covid-19, a possibilidade de transmissão de pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas, a circulação de diversas variantes cujos estudos indicam associação à maior carga viral e maior potencial de transmissibilidade. O Ministério Público estima que ao menos 585 pessoas de diferentes países circularão pelo Brasil contando equipe técnica, funcionários dos estádios, seguranças e jornalistas.
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