Andrés revela valor dos naming rights e negociação com a Globo: ‘Todos têm que falar o nome’

“A imprensa tem que ser profissional e falar o nome da Arena”, pediu o presidente do Corinthians

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2020 12h18 - Atualizado em 01/09/2020 15h46
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Reprodução Andrés Sanchez durante a entrevista coletiva virtual sobre a venda dos naming rights do estádio do Corinthians

Em entrevista coletiva virtual na manhã desta terça-feira, 1, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, contou mais detalhes sobre a venda dos naming rights do estádio alvinegro. De acordo com o mandatário, a Hypera Pharma, empresa que chegou a um acordo com o clube para dar o nome de “Neo Química Arena” à casa corintiana, pagará R$ 300 milhões para batizar o local pelos próximos 20 anos. A quantia será desembolsada em parcelas anuais de R$ 15 milhões. Andrés celebrou o negócio, é verdade, mas também cobrou da imprensa que o nome da marca seja citado ao se fazer referência ao estádio. O presidente do Corinthians contou, inclusive, que já negocia com a TV Globo para que, ao contrário do que acontece com o Allianz Parque, estádio chamado de “Arena Palmeiras” pela emissora carioca, a casa alvinegra seja tratada como “Neo Química Arena” e não “Arena Corinthians” nas transmissões dos jogos.

“O valor é R$ 300 milhões por 20 anos, pagamento anual corrigido pelo IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado). Tem negociação à parte para propriedades da camisa que estamos conversando e podemos ter novidades em breve. A imprensa tem que ser profissional e falar o nome da Arena. É dinheiro novo para o futebol, e todo mundo tem que entender e falar o nome. Estamos conversando com a TV Globo e em breve teremos novidades”, garantiu Andrés, ciente de que existe a possibilidade de os naming rights do estádio do Corinthians serem realmente citados porque a Hypera Pharma é uma das patrocinadoras do futebol na emissora. “Demorou, foi uma negociação complexa, coisa nova no Brasil, mas me sinto tranquilo. Era um papel que vínhamos trabalhando para fechar essa equação, voltei para resolver o problema da Arena, nunca perdi um dia de sono. Fique tranquilo que até o final do ano vamos resolver tudo para vocês me esquecerem e não falarem mais nada comigo depois de dezembro. A tiração de sarro era o nome do estádio e agora ele foi batizado”, acrescentou o dirigente.

Questionado sobre se o valor será suficiente para pagar a dívida do estádio, Andrés explicou e pediu “calma” ao ser perguntado sobre quando as pendências serão resolvidas. “Vamos com calma, às vezes falamos algumas coisas e vocês cobram. Mas pode ficar sossegado que teremos novidades nas próximas semanas”, respondeu. “Tínhamos três dívidas: Caixa, construtora e uma empresa filiada à construtora. Com a construtora, pegamos a quitação. Estamos esperando a recuperação judicial da outra empresa para terminar as negociações. Com a Caixa, devemos R$ 530 milhões, R$ 550 milhões. Com esses R$ 300 milhões, vai 100% para abater a divida com a Caixa. Temos discussão com a Caixa para ver o que os dois lados entendem. Chegaremos a uma conclusão. Mandamos o contrato ontem para a Caixa e teremos uma reunião presencial para falar das negociações”, afirmou.

O dirigente ainda revelou que, além de batizar o estádio, a Hypera Pharma também nomeará outros setores da Arena. “A gente negociou o nome, e o grande diferencial com eles é que vão nomear setores com outras marcas da companhia. São os ‘sector rights’. Não será mais Setor Norte, Sul, será o Gelol, Benegrip, depende da companhia”. Por fim, Andrés deixou claro que a venda dos naming rights do estádio não fará com que o Corinthians deixe de atuar em casa em algumas ocasiões, como acontece com o Palmeiras no Allianz Parque, por exemplo. “Teremos vários eventos, mas jamais o Corinthians deixará de jogar na Arena por eventos, isso está em contrato. O Corinthians só jogará na Neo Química Arena”, prometeu.

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