Corinthians é punido com portões fechados por cantos homofóbicos contra o São Paulo

Timão terá que cumprir a punição contra o Vasco, no jogo previsto para o dia 30 deste mês, pela 18ª rodada do Brasileirão

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2023 14h06 - Atualizado em 06/07/2023 14h08
ETTORE CHIEREGUINI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Torcida do Corinthians protesta após derrota para o Palmeiras Torcida do Corinthians durante partida na Neo Química Arena

O Pleno do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu punir o Corinthians com um jogo de portões fechados devido aos cânticos homofóbicos proferidos por seus torcedores no clássico contra o São Paulo – a partida ocorreu na Neo Química Arena, no dia 14 de maio, pela sexta rodada do Brasileirão. Por unanimidade, o Tribunal derrubou a liminar obtida pelo Timão, obrigando o clube a atuar sem torcida no próximo duelo como mandante – desta vez, a defesa alvinegra não pode entrar com um novo recurso. A partida diante do Grêmio, anteriormente marcada para 15 de julho, foi adiada. Desta forma, os corintianos terão que cumprir a punição contra o Vasco, no jogo previsto para o dia 30 deste mês, pela 18ª rodada do Nacional. A expectativa é que a agremiação do Parque São Jorge deixe de embolsar cerca de R$ 2 milhões com a sentença aplicada nesta quinta-feira, 6.

Presidente do STJD, José Perdiz justificou seu voto e pediu mais colaboração dos clubes para evitar este tipo de preconceito nos estádios de futebol. “A própria CBF estabeleceu punições mais gravosas em seu regulamento de competições no combate ao preconceito. A vida é diferente. Uma piada de mau gosto não é mais tolerada. Cantos discriminatórios estão proibidos no futebol brasileiro. Os patamares das relações humanas e de respeito social devem absolutamente serem respeitados por todos os partícipes do esporte. O clube tem que trabalhar para evitar novos episódios de cantos homofóbicos a partir de agora. A repressão deve ser imediata”, afirmou Perdiz.

O Corinthians foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. Na ocasião, o árbitro Bruno Arleu chegou a interromper a partida e uma mensagem contra o preconceito foi exibida no telão do estádio, mas os gritos de “bicha” continuaram. Inicialmente, a equipe do Parque São Jorge poderia receber uma multa de R$ 100 mil e até perder pontos na tabela de classificação. Na 16ª posição, o conjunto liderado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo volta a campo neste sábado, 8, para visitar o Atlético-MG, no Mineirão.

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