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Justiça mantém preparador físico do Universitario preso por racismo; clube do Peru chama decisão de ‘arbitrária’

Preparador físico do Universitario, Sebastian Avellino Vargas foi detido por injúria racial

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter Sebastian Avellino Vargas, preparador físico do Universitario (Peru), detido por cometer gestos racistas em direção aos torcedores do Corinthians, na noite desta terça-feira, 11, após partida válida pela Copa Sul-Americana. Depois de passar por uma audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda, o uruguaio teve sua prisão em flagrante decretada no 65º DP, em Artur Alvim, na Zona Leste da capital. Agora, a Justiça converteu para prisão preventiva. Durante todo o trâmite, toda delegação do time peruano retornou à capital Lima, onde os times se encontrarão novamente na próxima terça-feira, 18. O duelo decidirá uma vaga nas oitavas de final do torneio da Conmebol.

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O Universitario emitiu um comunicado para repudiar a decisão da Justiça de São Paulo. “Nas últimas horas, a honra de um profissional do nosso clube foi manchada. Sebastián Avellino foi tratado como criminoso no Brasil, passando a noite em uma prisão, o que consideramos um ato inadmissível, humilhante e ultrajante”, diz um trecho da nota. Segundo o clube peruano, a prisão é “arbitrária” e feita sem qualquer prova do delito. “Repudiamos esse tipo de humilhação por parte das autoridades brasileiras que pretendem, sem nenhuma prova, realizar prisões arbitrárias.”

Segundo alguns torcedores que estavam na Neo Química Arena, Sebastian teria chamado os corintianos de “macacos” e feito gestos do animal. O Universitario, porém, nega a acusação e diz que toda sua comissão técnica foi insultada. “Ao longo do jogo, um grupo de adeptos da equipe local lançou insultos e cuspiu nos nossos jogadores e equipe técnica. Essas mesmas pessoas que cometeram insultos, ao final do jogo, acusaram o preparador físico de atos discriminatórios. Essa acusação distorcida e subjetiva é a que as autoridades brasileiras validaram como verdadeira, sem direito a réplica, pelo que ordenaram sua prisão e transferência para uma delegacia de São Paulo.”

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