Crise causa leva de demissões no Inter; Índio está entre os dispensados
A crise causada pela pandemia do novo coronavírus causou mais demissões no futebol brasileiro. Nesta quarta, 6, o Internacional desligou 44 funcionários, entre eles, o ex-zagueiro Índio, bicampeão da Copa Libertadores com o clube, que atuava no departamento consular.
Em nota, o Inter afirmou que a perda de receitas com a paralisação de 20 dias gira em torno de R$ 100 milhões, desta forma, os orçamentos de todos os departamentos sofreram reduções de 30%. Os postos de trabalho foram reduzidos em 8%.
As demissões começaram na semana passada, ainda no setor administrativo. No futebol profissional, as últimas saídas foram do auxiliar técnico Ricardo Colbachini e do auxiliar de preparação física André Volpi, logo após a suspensão dos campeonatos.
O Inter reiterou que os funcionários com os menores salários não terão alterações em seus vencimentos. Os que tiverem a carga horária diminuída, serão descontados em 25%.
Confira a nota divulgada pelo clube na íntegra.
“A paralisação dos jogos e campeonatos causou um forte impacto no futebol. A crise financeira que se alastrou em várias atividades econômicas também bateu em todos os clubes. Não é diferente com o Sport Club Internacional. Caso se concretize um cenário de 90 a 120 dias de paralisação, a estimativa de perda de receita gira em torno de R$ 100 milhões. A possível rescisão do contrato de parceria para transmissão do Brasileirão, por exemplo, significará perda de cerca de R$ 25 milhões.
Desde o início da pandemia, o Conselho de Gestão do Internacional tem buscado soluções para esse enorme desafio. O objetivo sempre foi e será preservar a saúde das pessoas e garantir a sustentabilidade do clube para o futuro. A partir de estudos e simulações de fluxo de caixa, definiu-se uma meta de redução de 30% no orçamento de todos os departamentos.
Nesse sentido, foram empreendidas diversas rodadas de negociação com fornecedores e instituições financeiras, além de um permanente acompanhamento jurídico das medidas de apoio implementadas pelo poder público. Todos os novos investimentos, contratações de serviços e compras que não estejam estritamente relacionados ao funcionamento do clube foram, até segunda ordem, completamente suspensos.
Com transparência e seriedade, o clube também tem dialogado com seu quadro funcional para buscar uma adequação a essa nova realidade econômica advinda da pandemia. Em comum acordo com o grupo de jogadores, o Internacional realizou repactuações significativas para o período de interrupção das atividades – e que, por questões contratuais de confidencialidade, não podem ser detalhadas.
Após o retorno do período de férias concedido até 30 de abril, novas medidas foram tomadas. Funcionários que possuem os menores salários manterão a integralidade de seus pagamentos. Para os demais que tiverem a carga horária diminuída, serão descontados 25% dos vencimentos. Além da suspensão ou corte de contratos de terceiros, o clube, infelizmente, precisou reduzir em cerca de 8% seus postos de trabalho.
Todas as decisões tomadas refletem o período de exceção que vivemos. O momento é de grandes dificuldades e privações – mas, com a união dos colorados e coloradas, voltaremos mais fortes e unidos.”
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