Defesa pede e Assembleia Geral da CBF, que definiria futuro de Rogério Caboclo, é suspensa
Presidente está afastado há três meses após acusação de assédio sexual e moral contra funcionária da entidade
A Assembleia Geral da CBF que estava marcada para acontecer esta quarta-feira, 25, e que iria definir o futuro do presidente afastado da entidade, Rogerio Caboclo, foi suspensa por determinação de um dos árbitros do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), órgão privado que atua na resolução de litígios. A suspensão atendeu pedido da defesa de Caboclo, que considerou que a Assembleia Geral não poderia ter sido convocada antes que os 27 presidentes de federações soubessem do parecer da Comissão de Ética da CBF a respeito do caso envolvendo o presidente afastado – ele é acusado de assédios moral e sexual contra uma funcionária, que apresentou denúncia formal em 4 de junho. Pelo estatuto da CBF, a decisão da Comissão de Ética da entidade precisa ser referendada pelos presidentes das federações. A comissão pode inocentar o presidente afastado, ou sugerir de advertência a afastamento definitivo – mas, para isso, pelo menos 3/4 dos dirigentes de federações estaduais precisarão dar aval.
Na quinta-feira passada, a CBF publicou edital em seu site convocando uma Assembleia Geral Extraordinária para esta quarta-feira. O primeiro item da ordem do dia informa que o encontro terá por objetivo “conhecer da decisão e confirmar ou não sanções eventualmente aplicadas pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro”. Assim, na convocação feita pela CBF, essa decisão seria dada tão logo o parecer da Comissão de Ética fosse conhecido. A defesa de Caboclo, por sua vez, alegou que a reunião de dirigentes não poderia ter sido convocada antes de se conhecer o resultado, argumento que foi aceito por um dos árbitros do CBMA.
Comissão de Ética sugere 15 meses de afastamento
A Comissão de Ética do Futebol recomendou nesta terça-feira que Caboclo seja afastado por 15 meses da presidência da entidade brasileira. A informação foi publicada pelo GE. O cartola está há três meses longe de seu cargo. Segundo a Comissão a punição seria por ‘atitude inapropriada’. Se a recomendação for aceita pela Assembleia, Caboclo voltará ao cargo em setembro de 2022, mas não conseguiria se reeleger para o triênio de 2023, já que as eleições começam em abril de 2022. A tendência é que os presidentes das federações recusem essa indicação por acreditarem que a ‘manobra’ da Comissão é para manter Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, na presidência.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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