Ex-Corinthians apela à mímica e já “voa” na Rússia: “acham que sou gato”

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2017 15h22 - Atualizado em 06/10/2017 15h38
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Divulgação léo jabá Ex-Corinthians, o jovem atacante Léo Jabá, de apenas 19 anos, faz um bom início de temporada no Akhmat Gronzy, da Rússia.

Os 19 anos de Léo Jabá têm provocado incredulidade nos vestiários euro-asiáticos. Contratado por 2 milhões de euros, em julho, pelo desconhecido Akhmat Grozny, da Rússia, o jovem atacante revelado no Corinthians já é titular e um dos principais nomes do time situado na Chechênia, uma república separatista localizada no sul do país-sede da próxima Copa. O período de adaptação ao futebol europeu praticamente inexistiu, o que faz com que Jabá tenha a idade questionada pelos novos companheiros de equipe.

“Dificilmente você já chega jogando, e eu consegui. A força e a velocidade são o meu ponto forte, e esse foi um dos motivos de eu ter ganhado a titularidade tão rápido”, afirmou o jovem atacante, em entrevista exclusiva a André Ranieri que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan. “O pessoal até acha que eu sou gato, que eu não tenho 19 anos. É muito engraçado”.

Essa sensação foi alimentada por uma marca histórica. Em 23 de julho, durante um jogo contra o Rostov, pela segunda rodada do Campeonato Russo, Léo Jabá atingiu a velocidade de 35,17 km/h em uma arrancada e se tornou o terceiro jogador mais rápido do mundo. Apenas Gareth Bale, do Real Madrid, e Jürgen Damm, do Pachuca, registraram marcas superiores à do ex-corintiano: o galês anotou 36,9 km/h, e o mexicano, 35,23 km/h.

Mas o brasileiro não tem “voado” apenas por causa da velocidade. Em 11 jogos na Rússia, Jabá já soma dez atuações como titular e dois gols. Com menos obrigações defensivas, ele atua mais centralizado que nos tempos de Corinthians e tem total liberdade para flutuar pelo setor ofensivo do atual quinto colocado do Campeonato Russo. Tem dado certo.

“Aqui, a maioria dos times joga com uma linha de três na defesa, os laterais como pontas e os pontas como meias. Isso quase não acontece no Brasil. No Corinthians, eu jogava aberto, marcando bastante. Aqui, eu jogo mais centralizado e com mais liberdade no ataque. Tem jogo que eu caio mais pela esquerda e tem jogo que eu vou para a direita. Estou gostando bastante”, celebrou.

As facilidades no campo, no entanto, não têm se refletido fora dele. Jabá viajou sozinho, sem os pais, e ainda sofre para se comunicar com os companheiros de time – com exceção, é claro, de Rodolfo, Philipe Sampaio, Ravanelli e Ismael, os outros quatro brasileiros do Akhmat Grozny. A solução tem sido apelar para a mímica.

“As dificuldades estão sendo mais com relação à língua. Como o time está em um país independente, dentro da Rússia, eles não falam só uma língua. Alguns falam russo e outros falam checheno. Isso dificulta muito. Se eles falassem só russo, a gente poderia tentar aprender mais rápido. Mas está sendo uma boa experiência. Dentro de campo, a gente dá um jeito. Nem que seja na mímica”, brincou.

Léo Jabá também relembrou a emocionante despedida do Corinthians e falou sobre os preparativos da Rússia para a próxima Copa do Mundo. O bate-papo vai ao ar, na íntegra, no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan. Fique ligado!

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